A pesquisa como possibilidade de resistência à lógica medicalizante

A pesquisa como resistência à lógica medicalizante Desde o início do século XX, o campo de estudos sobre o estudante que não apresenta a performance esperada pela escola fundamenta-se em explicações centradas no indivíduo (SOUZA, 2010), explicitando os processos de medicalização da Educação, ou seja, transformando problemas de ordem social, econômica e escolar em problemas biomédicos, com ênfase em explicações advindas da Medicina e da Psicologia (MOYSÉS, COLLARES, 2010). As críticas elaboradas a esse processo retomam discussões sociopolíticas e analisam os efeitos de explicações medicalizantes. A fim de compreender como a temática da medicalização da Educação tem sido tratada por diferentes campos do conhecimento, destacadamente a Psicologia, a Medicina e a própria Educação, empreendemos uma pesquisa de caráter bibliométrico (SILVA et al , 2011), a partir das bases de dados dos portais SciELO, PubMed, Medline totalizando 23 trabalhos. Os resultados indicam a prevalência de estudos do campo da Psicologia na discussão do processo de medicalização da Educação com pouca penetração nas áreas da Medicina e da Educação. Assim, tais áreas, sobretudo a Educação, mantêm-se mais permeável aos discursos medicalizantes. Palavras-chaves: Medicalização da Educação; Psicologia; Educação.