Fabulação, sentido, pesquisa

Fabulação, sentido e pesquisa RESUMO – O presente artigo demonstra o que a função fabuladora de Henri Bergson produz no tratamento de arquivos e da própria concepção de pesquisa. Exemplos imagéticos, mitológicos e antropológicos mostram como a fabulação aviva os paradoxos da matéria estudada. Seguindo o que Gilles Deleuze trata como “pensamento nômade”, traz a presença da literatura e suas criações, mesmo quando científicas, para mostrar como se criam corpos aos conceitos. Problematiza-se o uso do pensamento de Deleuze e Guattari como sanção libertadora para invenções de pesquisas. Para tanto, uma retomada epistêmica do pesquisar, do pensar e do imaginar contorna a problemática do sentido e dos seus escapes na linguagem, apresentando os conceitos axiais do que constitui a fabulação criadora na filosofia da diferença e suas possibilidades junto aos arquivos de uma pesquisa. Palavras-chave: Criação. Imaginação. Paradoxo. Sentido.