MULHER NEGRA, REPRESENTAÇÃO E PEDAGOGIAS OUTRAS: DIFERENTES FORMAS DE VER E FAZER EDUCAÇAO ANTIRRACISTA

Pensar o percurso escolar da mulher negra, envolve depararmos com as questões de sua representação, entendendo que a forma como esta é percebida pelas ações e materiais didáticos podem reforçar os imaginários cujos estereótipos colocam-na em subalternização, em sofrimento e sem vínculos com a educação. Nos vemos, então, diante do questionamento sobre quais processos pedagógicos são necessários para que esta representação se efetive e reverta esses padrões que foram construídos na escravização? Percebemos a necessidade de pedagogias outras, que atuem nos pontos de vistas que conduzem a prática educativa. Destacamos que esta ação deverá basear-se na pedagogia decolonial (Walsh, 2008,2012), pedagogia libertária (hooks, 2017), pedagogia muscular (Fanon, 1979,2008) e, nestes lugares, identificamos o papel do Movimento Negro e das Mulheres Negras enquanto construtores efetivos desses processos. Para essa reflexão trazemos como referência Anibal Quijano (2010), bell hooks (2017, 2019), Maria Lugones (2014), Azoilda Loreto de Trindade (2005) e Catherine Walsh (2008, 2012). Palavras-chave: mulher negra; representação; pedagogias outras.