SUPLANTAR A DIFERENÇA CULTURAL A PARTIR DE UM CURRÍCULO IDENTITÁRIO

SUPLANTAR A DIFERENÇA CULTURAL A PARTIR DE UM CURRÍCULO IDENTITÁRIO RESUMO: A história da educação em Moçambique tem sido marcada pela produção de um currículo visando a projeção que visa(va) fixar identidades. No tempo do colonizador, tratava-se de uma identidade orientada pelos padrões europeus. No período posterior, por uma identidade que pudesse representar o “novo” sujeito a quem se atribuía a missão de construir a nação moçambicana. Apesar do antagonismo existente entre projetos tão diferenciados no que diz respeito à ênfase dada aos seus projetos identitários, eles têm em comum a pretensão de eliminar os valores tribais assumidos como ameaça à construção de uma nova sociedade. É fato que currículos universalisantes e padronizados não são uma especificidade do país. Neste texto tenho como objetivo problematizar a ideia de um currículo universal projetado como instrumento identitário que possibilite a morte da tribo em nome da construção de uma nação. Argumento em defesa de um currículo baseado na diferença. Faço isso me apropriando das contribuições da teoria pós-colonial de Homi Bhabha e das análises com que, a partir desse autor, Elizabeth Macedo formula a ideia de currículo como espaçotempo de fronteira cultural. Palavras-chaves: Diferença; Currículo; Hibridismo; Cultura .