Distraídos venceremos: Educação para a singularidade e abertura ao mundo

Distraídos venceremos: Educação para a singularidade e abertura ao mundo Como pode a Educação proteger, mediar, viabilizar e instigar a demora, a lentidão desinteressada, a aparição do improviso, do experimento de si, em instâncias de vazios e também de produções e atenções ao mundo? Ao considerar a intuição e suas possíveis relações com a educação buscamos, a partir de Henri Bergson, dizer não de métodos educacionais, mas de relações e acessos a um pensar para além do aparato estritamente conteudista, distraído do que se faz comum no mundo moderno, insubmisso ao legado de predominância instrumental, mercadológico e estritamente técnico. Uma atenção para-si e por-si, centrado na presença, na potência dos agoras, o lugar de atenção ao Ser. O sentido e o lugar da Educação sem finalidades específicas, mas que é, apenas, e tão somente, o exercício de dizer de si e do mundo, em suas múltiplas aprendizagens, entregas, mergulhos e equívocos. Buscamos, assim, por um lado, legitimar a desobediência aos esquemas dados pela exclusividade da transmissão lógico-dedutiva e, por outro, potencializar atenções a alguma vereda que se dê autêntica, imprevisível e inteira ao diálogo com a tradição e do cuidado com o mundo. Palavras-chave: Intuição; Distração; Atenção; Henri Bergson.