Não é TV, mas é currículo: Narrativas seriadas e produção de subjetividades generificadas.

Não é TV, mas é currículo: Narrativas seriadas e produção de subjetividades generificadas. Resumo: O artigo toma como material empírico as subjetividades generificadas veiculadas no currículo de uma narrativa seriada. Partimos do pressuposto de que as narrativas seriadas não estão sendo suficientemente problematizadas no campo educacional, sendo comumente generalizada no que se entende superficialmente por “televisão”. O argumento é que o currículo opera como máquinas que ensinam modos de ser masculinos e femininos, uma vez que forjam subjetividades generificadas. O objetivo é investigar que saberes generificados têm sido produzidos e ensinados no currículo da narrativa seriada “One Mississippi”. Para investiga-lo, operamos metodologicamente com elementos de análise de representação. Constatamos que as noções hegemônicas de feminilidade são postas em questionamento a partir da imagem do corpo abjeto da protagonista. Concluímos que tal currículo é um composto de saberes generificados que constitui modos de vida dissidentes e disponibiliza outras maneiras de se ver e de se entender o feminino. Palavras-chave: currículo; narrativa seriada; subjetividade.