Juventudes em biopolíticas contemporâneas

Juventudes em biopolíticas contemporâneas Resumo O trabalho problematiza artefatos produzidos no âmbito das áreas da educação e(m) saúde, na medida em que circunscrevem conhecimentos e práticas provenientes de políticas públicas e ações programáticas mais amplas, compreendendo-os como elementos centrais na organização das sociedades contemporâneas e como constituidoras de gênero e sexualidade. É a partir das vertentes teóricas dos Estudos Culturais e de Gênero, que se articulam com a teorização foucaultiana que nos propomos a analisar as campanhas de divulgação da vacinação 2017 e 2018, voltadas ao público jovem, para a prevenção do HPV e Meningite C. O exame indica que as políticas públicas de educação e(m) saúde instituem formas lineares e binárias de interpretar o mundo e de posicionar os sujeitos contemporâneos, normalizando determinados comportamentos e práticas como mais saudáveis. Desse modo, não basta colocar os/as jovens como protagonistas em cenários de luta, tal como nos games e nas séries de televisão, mas discutirmos a constituição da vida “real” e de suas relações, levando em conta as tensões, resistências e multiplicidades daquilo que tem escapado das ações de educação e(m) saúde. Palavras-chave: juventude; políticas de educação e(m) saúde; gênero e sexualidade.