EM MEIO À TEMPESTADE: ESCOLA SEM PARTIDO, “IDEOLOGIA DE GÊNERO” E SHITSTORMS

EM MEIO À TEMPESTADE: ESCOLA SEM PARTIDO, “IDEOLOGIA DE GÊNERO” E SHITSTORMS RESUMO O presente artigo analisa a emergência dos discursos de ódio nas mídias sociais e sua presença na ação política do grupo Escola sem Partido (ESP). Inicialmente, busca-se demonstrar como o fenômeno conhecido como shitstorm vêm sendo utilizado para potencializar o pânico moral da “ideologia de gênero”, notadamente nas mídias sociais. Tomam-se por base as reflexões de Gayle Rubin, Judith Butler e Han Byung-Chul. Utiliza-se o método de inferência do discurso, desenvolvida pela autora, aplicada sobre as postagens do ESP no facebook, permitindo a observação dos principais tópicos abordados. Em um segundo momento, é feita uma análise do crescimento orgânico desse grupo na rede social e nas pesquisas do Google. Conclui-se que os dados apresentados permitem observar tanto o crescimento de sua atuação, como sua a ação na disputa pelas políticas educacionais no Brasil. Palavras-chave: inferência do discurso; shitstorm; ideologia de gênero; escola sem partido; mídias sociais