ESTRATÉGIA POLÍTICO-PERFORMATIVA FEMINISTA NAS OCUPAÇÕES SECUNDARISTAS

A escola é um espaço de e para as ambiguidades em relação às questões de gênero, feminismos e sexualidades. Ora ameaçados ou reprimidos, ora nomeados, são temas que sempre estiveram presentes nas escolas, sejam sob os efeitos do governamento de corpos e desejos ou sob a produção de (novas) práticas, (novos) sujeitos e (novos) modos subjetivos de existência de alunas e alunos. É a partir dessas reflexões que apresento e analiso a ocorrência de uma ambiguidade nas narrativas e práticas performativas das estudantes nas ocupações secundaristas de 2015/2016. E reflito como oposições, contradições e ambivalências podem servir como importantes e necessárias estratégias político-performativas de deslocamentos, subversões, resistências e produção de modos subjetivos de viver e de se relacionar diante de dispositivos contemporâneos que potencializam as violências, induzem ou coíbem subjetividades e direitos. Palavras-chave: Escola; Feminismo; Ocupação; Performatividade.