FRONTEIRAS LINGUÍSTICAS E DECOLONIALIDADE: PODER E RESISTÊNCIA EM PRÁTICAS DISCURSIVAS E SOCIAS DE MULHERES INDÍGENAS DA AMAZÔNIA

FRONTEIRAS LINGUÍSTICAS E DECOLONIALIDADE: PODER E RESISTÊNCIA EM PRÁTICAS DISCURSIVAS E SOCIAS DE MULHERES INDÍGENAS DA AMAZÔNIA RESUMO: Indivíduos falantes de línguas diferentes carregam consigo bagagens sociais, culturais, étnicas e representações de mundo e do outro muitas vezes divergentes. Quando confrontados, produzem métodos e estratégias discursivas para garantir a aquisição de outra língua e a própria existência. O objetivo deste estudo é analisar como duas mulheres indígenas, Wai-wai (PA) e Apinayé (TO), expressam poder e resistência em práticas discursivas e sociais, para garantir conhecimentos e a aquisição de uma segunda língua. Trata-se de um estudo com enfoque na Análise Crítica do Discurso, a partir de aproximações com as correntes teóricas Pós-Colonial e Decolonial, no que toca à crítica epistemológica. Os resultados mostram que os fatores linguísticos não podem ser compreendidos isolados dos embates sociais, uma vez que a violência, o racismo, os preconceitos e as intolerâncias contra as mulheres indígenas decorrem do grau de diferença e das relações de poder entre as culturas e línguas. PALAVRAS-CHAVE: Fronteiras linguísticas. Decolonialidade. Mulheres indígenas. Análise Crítica do Discurso.