CONCEPÇÕES E PRÁTICAS DIDÁTICAS DE PROFESSORES EM INSERÇÃO PROFISSIONAL

CONCEPÇÕES E PRÁTICAS DIDÁTICAS DE PROFESSORES EM INSERÇÃO PROFISSIONAL Resumo O trabalho focaliza achados de uma pesquisa que teve por objetivo analisar concepções e práticas didáticas de um grupo de 16 egressos de 14 cursos de licenciatura, em inserção profissional. Teoricamente, dialogou com Roldão, 2007; 2005; Shulman, 1987; 2004; e Cochran-Smith, 2012; 2003; 1991. Metodologicamente, considerou a realização de entrevistas com todos os sujeitos e observação de um conjunto de, no mínimo, dez aulas de quatro deles. No contexto da análise de dados, enfatiza dimensões da docência em dois eixos: um referente à visão sobre a profissão e outro referente às concepções e práticas didáticas. As constatações demonstram que a visão acerca da profissão se situa na interseção entre aspectos de satisfação e realização e de conflitos e incertezas, para além das preocupações oriundas das condições em que o trabalho se realiza; demonstram ainda a predominância de três aspectos constitutivos das concepções e práticas didáticas, expressas nos modos de planejar e avaliar o ensino e a aprendizagem: ênfase no estudante, autonomia para criar e organização contínua. Palavras-Chave: Didática; Docência de professores iniciantes; Inserção profissional docente

Base/Comum/Nacional: A busca pela universalização na BNCC

Base/Comum/Nacional: A busca pela universalização na BNCC Partimos de uma investigação sobre a universalização do currículo defendida pela projeção de discursos que balizam a política da BNCC. Propomos uma análise a partir de contribuições da Teoria do Discurso (LACLAU, 2011; LACLAU; MOUFFE, 2015) com vistas a pensar a relação entre universalidade e particularidade necessária a toda luta política, bem como a construção de processos metafóricos e metonímicos (LACLAU, 2011) potentes para sua compreensão, problematizando o que está sendo considerado como aspectos nacionais e básicos necessários a todos os currículos do Brasil. Defendemos que competências pré-determinadas em nível nacional podem constranger a construção do conhecimento enquanto produção discursiva e que uma projeção de totalidade deve ser relativizada e compreendida como fluida. Assim, defendemos que não é possível pensar, de maneira fixa, os elementos que permeiam o processo de ensino e aprendizagem. Pensar que significantes como “base”, “nacional” e “comum”, bem como toda tradição que eles projetam, seja produtivo para refletir uma política curricular em caráter nacional é a perspectiva que pretendemos nos afastar. Palavras-chave : BNCC; Universalismo e Particularismo; Metáfora e Metonímia; Política.

Enegrecer as universidades: um desafio para a formação de educadores/as do campo?

Enegrecer as universidades: um desafio para a formação de educadores/as do campo? Resumo : A educação do campo referenciada nas especificidades dos sujeitos do campo configura-se uma política que ao debater a garantia da igualdade e o reconhecimento da diferença como valor, faz emergir a diversidade de lutas e sujeitos do campo, indicando a transposição de uma identidade única e fixa camponesa. Nesse contexto, a presença de estudantes negras e quilombolas em um curso de Licenciatura em Educação do Campo no interior de Minas Gerais anuncia e denuncia o lugar de seus corpos, conhecimentos e práticas gerando tensionamentos e deslocamentos. Estas existências resistentes favorecem a permanência bem-sucedida no ensino superior e a efetiva institucionalização de práticas antirracistas e feministas em um campo marcado historicamente pela presença branca, cristã, heterossexual e masculina. Este ensaio pretende socializar reflexões sobre o contexto de formação de educadores/as do campo a partir das questões: quem são os diversos sujeitos do campo? Que epistemologias, corpos e práticas trazem à universidade? O que narram e ensinam suas lutas? Que desafios estão postos à educação do campo neste contexto? Palavras-chave : educação do campo, educação antirracista, decolonialidade

“TIA, QUERO SER NEGRO”: DIFERENÇAS ÉTNICO-RACIAIS NA CRECHE

“TIA, QUERO SER NEGRO”: DIFERENÇAS ÉTNICO-RACIAIS NA CRECHE RESUMO Como professora-reflexiva associou-se teoria e prática na Educação Infantil a partir da observação das interações das crianças. Essa discussão assume o escopo de pesar diversidades e diferenças étnico-raciais na creche. A pesquisa exploratória se ancorou na observação participante, no caderno de registro e na enquete realizada com os responsáveis. Mignot e Cunha (2006) tratam da escrita ordinária como referenciais para organização teórico-metodológica. Considera-se os marcos legais que ressignificaram a condição da criança na sociedade brasileira. Para fundamentar a temática educação infantil e relações étnico-raciais, Abramowicz e Oliveira (2010) foram incorporadas à teoria, assim como Trinidad (2012). Embora as crianças apresentassem dificuldades para reconhecer seus marcadores identitários afro-brasileiros, não manifestavam qualquer forma de preconceito e discriminação. Com o processo de docência-pesquisa, percebeu-se que ações em prol da valorização e reconhecimento da afro-brasileira contribuíram para uma visão mais abrangente das crianças acerca das diferenças, diversidades e respeito às especificidades. Palavras-chave : Educação Infantil. Docência-pesquisa e Identidades

EDUCAÇÃO INFANTIL, INFÂNCIA E GÊNERO NAS REUNIÕES DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM EDUCAÇÃO

EDUCAÇÃO INFANTIL, INFÂNCIA E GÊNERO NAS REUNIÕES DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM EDUCAÇÃO Resumo O artigo consiste em uma revisão dos trabalhos apresentados na Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped) entre os anos de 1996 e 2017. O corpus de análise compreendeu 21 comunicações orais (oito textos encontrados no Grupo de Trabalho 07 – Educação da Criança de Zero a Seis anos e, treze outros escritos encontrados no grupo de trabalho 23 – Gênero, Sexualidade e Educação). Após análise, os trabalhos foram agrupados nas categorias: relações de gênero entre adultos e crianças; relações de gêneros na perspectiva das crianças; pedagogias de gênero produzidas para as crianças; balanços e revisões da produção acadêmica. A análise destacou as principais correntes teórico-metodológicas presentes na investigação sobre a temática, ressaltando as aproximações e os distanciamentos da produção acadêmica. As conclusões do estudo permitem problematizar as evidências de constituição recente de um campo de pesquisas emergente na pós-graduação brasileira nos últimos dois decênios. Palavras-chaves: relações de gênero; Educação Infantil; produção acadêmica.

FORMAÇÃO INICIAL NOS JOGOS OLÍMPICOS RIO 2016

Formação Inicial Nos Jogos Olímpicos Rio 2016 Resumo Este artigo pretende contribuir para as discussões sobre a formação inicial e continuada (FIC) no âmbito da Educação Profissional Tecnológica (EPT). Privilegiou-se a investigação do curso de Operação de Instalação Esportiva Rio 2016 (OIE) à luz dos autores críticos que tratam sobre a complexa relação entre Trabalho e Educação. O texto aborda as contribuições desse curso na trajetória formativa profissional dos egressos, após 30 meses de sua conclusão. A formação foi realizada por alunos de uma universidade particular carioca, mediante uma parceria com o Comitê Olímpico e teve como objetivo desenvolver competências para a gestão e a operação de instalações esportivas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. A pesquisa de natureza quanti-qualitativa, contou com a participação de 94 egressos do referido curso, mediante a disponibilização do questionário on line na plataforma Survey Monkey. A análise permitiu identificar que apesar da maioria dos egressos estarem inseridos no mercado de trabalho o fazem em áreas distintas à formação inicial da qual participaram. Palavras-chave: Qualificação Profissional. Formação Inicial e Continuada. Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.

A Política Nacional de Educação Popular em Saúde na atual conjuntura do SUS: fragilidades e desafios

Resumo: Em consonância com os princípios e diretrizes do SUS a Política Nacional de Educação Popular em Saúde reafirma o compromisso dos gestores na garantia dos direitos universais de saúde visando a melhoria da qualidade de vida, a diminuição das fragilidades/desigualdades sociais, bem como, o reconhecimento e a valorização da cultura popular como alvos essenciais do cuidado, gestão, formação, controle social e práticas educativas em saúde. Pensando na institucionalização da educação popular por meio da Política Nacional de Educação Popular em Saúde que este estudo objetivou analisar as práticas educativas no âmbito do Sistema Único de Saúde em um município do Sudoeste de Goiás, apresentando sua atual conjuntura, fragilidades e desafios que (in)diretamente tem influenciado não somente o SUS local, mas que universalmente pode se reproduzir na totalidade dos serviços de saúde. Palavras-chave: Educação. Educação Popular. Educação Popular em Saúde.