AVALIAÇÕES BIMESTRAIS DA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO E SUA RELAÇÃO COM O PAPEL SOCIAL DA ESCOLA

AVALIAÇÕES BIMESTRAIS DA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO E SUA RELAÇÃO COM O PAPEL SOCIAL DA ESCOLA Resumo: Este trabalho propõe-se a investigar as Avaliações Bimestrais da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, tendo por objetivo compreender como essa política se relaciona com o papel social da escola . Discutimos esse conceito através de revisão bibliográfica para melhor compreender o modelo de avaliação criado pela secretaria. Realizamos uma pesquisa exploratória das resoluções que oficializam a política para melhor entendermos qual é sua proposta. Como resultado, identificamos que as Avaliações Bimestrais estão comprometidas com o atingimento de metas e resultados, de modo homogeneizador, apropriando-se do papel da escola na sociedade e interferindo na avaliação das aprendizagens das e dos estudantes da rede. Palavras-chave: Avaliações Bimestrais; Avaliações Externas; Papel Social da Escola.

A REAÇÃO DOCENTE À CONTRARREFORMA DO ENSINO MÉDIO NA REDE FEDERAL

A REAÇÃO DOCENTE À CONTRARREFORMA DO ENSINO MÉDIO NA REDE FEDERAL Resumo: A política educacional brasileira tem sido um campo de disputa entre diferentes concepções de formação humana. A contrarreforma do Ensino Médio sancionada pelo governo Temer demonstrou a intenção de uma formação pragmática com propósito de conduzir a educação dos filhos dos trabalhadores, nos limites da produção e reprodução do capital. Este estudo pretende investigar a forma que os docentes da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica têm reagido à contrarreforma do Ensino Médio, tendo como referência empírica a experiência do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ). O objetivo da pesquisa é analisar as reações dos docentes do IFRJ à Reforma do Ensino Médio. Trata-se de uma pesquisa básica, de análise qualitativa, de caráter explicativo, que se insere na categoria de um levantamento. Espera-se como resultado desse estudo a identificação de diferentes formas de reação dos docentes aos impactos às reformas educacionais. Existe a possibilidade de luta pelo ensino integrado,o sucesso dependerá da mobilização dos profissionais da educação e do envolvimento de toda a comunidade escolar. Palavras-chave: Ensino Médio, Movimento Docente, Reformas Educacionais, Rede Federal de Ensino.

Você gostou da minha aula? Autoconfrontação com professores do ensino médio

Você gostou da minha aula? Autoconfrontação com professores do ensino médio Esta pesquisa tem como objetivo analisar a maneira como o professor interpreta sua prática. Utilizamos o método indireto da autoconfrontação que se baseia na clínica da atividade, na qual o exercício profissional é videogravado para ser analisado posteriormente pelo protagonista da ação em diálogo com o pesquisador. Os participantes são quatro professores de ensino médio de uma escola pública do estado de São Paulo, os quais tiveram duas de suas aulas videogravadas e analisadas, compondo o material empírico desta investigação. Identificamos formações discursivas sobre a profissão docente, assim como, a potência da metodologia de autoconfrontação como um espaço de diálogo e reflexão do fazer pedagógico. Palavras-Chave: Formação de professores. Profissão Docente. Autoconfrontação.

CURRÍCULO E ENSINO RELIGIOSO: DA CRIAÇÃO A IMPLEMENTAÇÃO NA REDE ESTADUAL DE ENSINO DO ACRE

CURRÍCULO E ENSINO RELIGIOSO: DA CRIAÇÃO A IMPLEMENTAÇÃO NA REDE ESTADUAL DE ENSINO DO ACRE Resumo: O presente texto faz parte de uma pesquisa de mestrado em desenvolvimento que tem como objetivo debater o dilema epistemológico, decorrente da inclusão da disciplina de Ensino Religioso no currículo das escolas públicas de Ensino Fundamental da Rede Estadual de Ensino do Acre, desde sua formulação à sua implementação. A intenção é perceber as disputas e os conflitos da formação desse currículo a partir do movimento que vem normatizando a proposta curricular dessa disciplina para as escolas do Ensino Fundamental do estado. Como metodologia seguimos as noções dos estudos com os cotidianos, pautando-se na conversa como elemento potencial para tratar os movimentos e achados da pesquisa. Considerando que este ensino é legalmente aceito como parte do currículo escolar e que sua elaboração é carregada de conflitos, compreende-lo torna-se uma questão de alta complexidade e de profundo teor polêmico. Dessa forma, pensamos que, a elaboração de um currículo para o Ensino Religioso precisa ser aberta, ou seja, um currículo multicultural que valorize a diversidade cultural do ambiente escolar. Palavras-chave: Ensino Religioso; Currículo; Laicidade.

FEARJ: movimentos de resistência na defesa da alfabetização no estado do Rio de Janeiro

FEARJ: MOVIMENTOS DE RESISTÊNCIA NA DEFESA DA ALFABETIZAÇÃO NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Resumo O artigo tece considerações sobre o processo de construção do Fórum Estadual de Alfabetização do Rio de Janeiro (FEARJ). As autoras discutem o ciclo de alfabetização de três anos, previsto na meta cinco do Plano Nacional de Educação (PNE) e o atravessamento da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), com a alfabetização das crianças prevista até o segundo ano de escolaridade. Neste sentido as discussões desenvolvidas nas plenárias do FEARJ em seu primeiro ano de implementação, apontam para uma resistência propositiva, no sentido do fórum estar se constituindo, por meio das articulações entre os diferentes segmentos, num espaço plural, inclusivo e democrático. Palavras-chave : políticas públicas, alfabetização, ensino fundamental

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E A DISCUSSÃO SOBRE A POBREZA: POSSIBILIDADES A PARTIR DE UM CONTEXTO FORMATIVO

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E A DISCUSSÃO SOBRE A POBREZA: POSSIBILIDADES A PARTIR DE UM CONTEXTO FORMATIVO Resumo Compreendendo a problemática da pobreza e da desigualdade social como resultado de relações históricas e considerando o espaço escolar como possibilidade para uma atuação docente crítica e problematizadora, este trabalho tem como objetivo investigar a constituição histórico-social da pobreza na relação com a educação, com ênfase na prática pedagógica, fomentando o debate em um contexto formativo de profissionais da educação do município de Cariacica/ES. Por meio da pesquisa-ação, foi possível articular um espaço de formação no qual o amplo diálogo permitiu a realização de reflexões sobre as práticas pedagógicas desses profissionais. O processo formativo também auxiliou no reconhecimento das trajetórias empobrecidas desses sujeitos, possibilitando a superação de concepções naturais e moralizantes de pobreza que predominam na sociedade e que são reafirmadas na escola. Palavras chaves: Pobreza; desigualdade social; prática pedagógica.

Educação na primeira infância: rotinas e cotidiano como categorias pedagógicas

Educação na primeira infância: rotinas e cotidiano como categorias pedagógicas Resumo: O texto aborda o cotidiano na Educação Infantil, a partir da concepção das rotinas como categoria pedagógica, especialmente na primeira infância, entrecruzando conceitos a partir de Benjamin, Corsaro, Kramer, Certeau, Pais. O ponto de partida é análise qualitativa de diários produzidos por 20 estagiárias de Pedagogia de uma Universidade do Sul do Brasil, no período 2017/18. Neles, evidenciou-se que as rotinas de cuidados – alimentação, higiene, descanso -, assim como as práticas pedagógicas (roda de conversa, o pátio e as atividades), quando rotineiras, são como “pratos cheios” de experiências para aprendizagens significativas, relacionam-se ao desenvolvimento infantil integral e a criação de hábitos , que produzirão estilo de vida; portanto, tratam-se de categorias pedagógicas. Propõe-se (re)pensar e criar um novo olhar para as crianças e a educação infantil, especialmente, garantindo-lhes o direito político da participação, com implicações na verdadeira experiência que, no cotidiano, constitui-se através de amplas práticas pedagógicas que norteiam a educação na primeira infância. Palavras-chaves: Educação infantil, rotinas, cotidiano, práticas pedagógicas.

Mapeamento da disciplina que trata a categoria trabalho no curso de Pedagogia das universidades públicas e privadas do Rio de Janeiro

Mapeamento da disciplina que trata a categoria trabalho no curso de Pedagogia das universidades públicas e privadas do Rio de Janeiro Resumo Busca-se mapear a disciplina que trata a categoria trabalho no curso de Pedagogia das universidades do Rio de Janeiro, a saber: UFRJ, UFRRJ-IM, UFF, UNIRIO e UERJ: Maracanã, FFP e FEBF, Unigranrio, Estácio, Universo, UCP, PUC-Rio e UNIG. Para esse estudo a base metodológica foi de acesso aos sites das universidades para recolhimento de dados sobre a grade curricular da graduação em destaque, bibliográfica e documental. Em suma, desvela-se o mapeamento nessas Instituições de Ensino Superior, demonstrando que as universidades supracitadas têm realizado, no curso de Pedagogia, o debate sobre o trabalho, sendo observável a partir de uma disciplina na grade, em maioria, obrigatória do referido curso e elucida que movimentos atrelados a uma lógica de empregabilidade têm tangenciado os rumos dessa formação. Palavras-chave: Trabalho e Educação; Universidades do Rio de Janeiro; Pedagogia

Professoras negras e suas autorias: Um estudo sobre a produção acadêmica de doutoras negras atuantes em Universidades públicas do sul do Rio Grande do Sul

Professoras negras e suas autorias: Um estudo sobre a produção acadêmica de doutoras negras atuantes em Universidades públicas do sul do Rio Grande do Sul Resumo Este resumo compõe um recorte do estado do conhecimento sobre professoras negras doutoras, docentes em duas universidades públicas do extremo sul do Rio Grande do Sul. O estudo autobiográfico buscará apresentar a invisibilidade da população negra por meio da análise sobre a produção científica, divulgada publicamente, bem como um estudo dos currículos de professoras autodeclaradas negras, da área de Ciências Humanas. Analisarei se a produção dessas Professoras Doutoras negras é afetada academicamente pela consciência da negritude, por meio de elementos autobiográficos nos seus escritos. Palavras-chave: Autobiografia, doutoras negras, docência no Ensino Superior.

“… MAMÃE, EU TENHO UM NOVO AMIGO NA ESCOLA. ELE É GRANDE, MAS QUER APRENDER COM A GENTE…”

Resumo: O trabalho apresenta reflexões de uma pesquisa científica em andamento que tem como objetivo buscar compreender como a escola do campo percebe e vive as culturas infantis campesinas, no contexto das práticas pedagógicas cotidianas. Nesse recorte, objetivo apresentar alguns aspectos referentes à realidade das crianças em espaços escolares. Para tanto, me detive aos conceitos da infância enquanto categoria social e de criança como sujeito ativo e de direito (QVORTRUP, 2010; SARMENTO & PINTO, 1997; BARBOSA, 2013), me amparando na discussão da Sociologia da Infância. Para realização da pesquisa, realizei entrevistas, observação, videogravação, fotografias (BOGDAN & BIKLEN, 1991) e rodas de conversas (ALESSI, 2014). O estudo defende a importância de conceber a criança como copesquisadora (CHRISTENSEN & JAMES, 2005; ARENHART, 2016), tendo em vista que esse movimento oportuniza colocar em cena a reflexão sobre a infância partindo dos próprios sujeitos infantis que vivenciam a fase e possuem autoridade para falar sobre si. Palavras-chave: Pesquisa com criança; Educação do/no campo; Infância; Criança.