Subjetividade, linguagem e ação: uma reflexão filosófica sobre o currículo escolar

Subjetividade, linguagem e ação: uma reflexão filosófica sobre o currículo escolar Trata-se de uma reflexão filosófica sobre o currículo escolar sob o referencial teórico das ideias da segunda fase do pensamento de Wittgenstein, em diálogo com outros autores, como Noam Chomsky e Danièle Moyal-Sharrock, que pressupõem, cada um a seu modo, uma gramática universal subjacente ao aprendizado da linguagem. Em particular, questiono a perspectiva pedagógica que fundamenta a atual Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que tem como objetivo o foco no desenvolvimento de competências e habilidades, as quais devem estar presentes em todas as grandes áreas de conhecimento dos currículos a serem implementados. Argumento que a organização de um currículo por competências reflete uma concepção analítica do conhecimento, que por sua vez, remete a uma concepção de linguagem muito próxima daquelas propostas por Chomsky e Moyal-Sharrock. Em contraposição à ideia de gramática desses dois autores, apresento em que sentido o filósofo austríaco introduz o seu conceito de gramática dos usos , que, a meu ver, propicia outro modo de olhar o conhecimento proposto nos currículos escolares. Palavras-chave: currículo, gramática universal, gramática dos usos, Chomsky, Wittgenstein.