“DEIXA EU ABRIR A JANELA” – ENCONTROS E DESENCONTROS COM A LINGUAGEM NA CRECHE

Rachel Martins Arenari Razuk | UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro

“DEIXA EU ABRIR A JANELA” – ENCONTROS E DESENCONTROS COM A LINGUAGEM NA CRECHE Resumo Este trabalho discute a interação professor-bebê como prática pedagógica com a linguagem na creche. Como as práticas docentes colaboram com a ampliação da simbolização, da fala e do pensamento verbal das crianças pequenas? Como se colocam como possibilidades de interação dialógica? Trata-se de resultados de uma pesquisa qualitativa realizada numa turma da creche de uma Escola de Educação Infantil, localizada em uma capital brasileira. Como estratégias metodológicas foram realizadas: observações participantes; entrevistas semiestruturadas; análise documental. Os estudos de Vigotski (1996, 2000, 2010) e Bakhtin (2002, 2011, 2012, 2014) sustentam respectivamente as concepções desenvolvimento infantil, fala e pensamento verbal bem como linguagem, formação dos sujeitos e pesquisa. Com Corsino (2003, 2015, 2017, 2018), Guimarães (2008, 2017), Schmitt (2014), discutimos questões que abarcam linguagem, Educação Infantil e trabalho docente na creche. O artigo está organizado em três partes: i) breves considerações teóricas; ii) análises de eventos do campo; iii) conclusões sobre a interação professor-bebê na creche. Palavras-chave: educação infantil, linguagem, docência, creche, bebê.

GT07 - Educação de Crianças de 0 a 6 anos
“TIA, QUERO SER NEGRO”: DIFERENÇAS ÉTNICO-RACIAIS NA CRECHE

Adriana do Carmo Corrêa Gonçalves | 3ª CRE - Coordenadoria Regional de Educação do Rio de Janeiro

“TIA, QUERO SER NEGRO”: DIFERENÇAS ÉTNICO-RACIAIS NA CRECHE RESUMO Como professora-reflexiva associou-se teoria e prática na Educação Infantil a partir da observação das interações das crianças. Essa discussão assume o escopo de pesar diversidades e diferenças étnico-raciais na creche. A pesquisa exploratória se ancorou na observação participante, no caderno de registro e na enquete realizada com os responsáveis. Mignot e Cunha (2006) tratam da escrita ordinária como referenciais para organização teórico-metodológica. Considera-se os marcos legais que ressignificaram a condição da criança na sociedade brasileira. Para fundamentar a temática educação infantil e relações étnico-raciais, Abramowicz e Oliveira (2010) foram incorporadas à teoria, assim como Trinidad (2012). Embora as crianças apresentassem dificuldades para reconhecer seus marcadores identitários afro-brasileiros, não manifestavam qualquer forma de preconceito e discriminação. Com o processo de docência-pesquisa, percebeu-se que ações em prol da valorização e reconhecimento da afro-brasileira contribuíram para uma visão mais abrangente das crianças acerca das diferenças, diversidades e respeito às especificidades. Palavras-chave : Educação Infantil. Docência-pesquisa e Identidades

GT07 - Educação de Crianças de 0 a 6 anos
A BNCC E A EDUCAÇÃO INFANTIL: ALGUMAS PROVOCAÇÕES E UM PONTO DE ANCORAGEM

Maria Renata Alonso Mota | FURG - Universidade Federal do Rio Grande

A BNCC E A EDUCAÇÃO INFANTIL: ALGUMAS PROVOCAÇÕES E UM PONTO DE ANCORAGEM Resumo: O texto apresenta reflexões que estão vinculadas a uma pesquisa em andamento, que tem como objetivo compreender os efeitos das atuais políticas públicas educacionais para a Educação Infantil no Brasil, analisando de que forma essas políticas produzem (re)configurações nas práticas pedagógicas para as creches e pré-escolas. O trabalho apresenta alguns aspectos acerca da BNCC, no que diz respeito à etapa da Educação Infantil, procurando compreender alguns dos efeitos para o currículo e a prática pedagógica, e ainda, para o trabalho do(a) professor(a) que atua com as crianças de zero a cinco anos e onze meses. Também aponta um possível ponto de ancoragem a partir do foco nos campos de experiência como possibilidade de abertura para pensar os currículos da Educação Infantil. Para o desenvolvimento das análises foram utilizadas a segunda e a terceira versões da BNCC. As análises apontam para uma forte imbricação da BNCC com a racionalidade neoliberal, configurando-se como uma proposta curricular que prioriza determinadas competências que serão comuns a todos. Palavras-chave: Educação Infantil; BNCC; campos de experiência

GT07 - Educação de Crianças de 0 a 6 anos
A CRIANÇA INDÍGENA NAS PESQUISAS EM EDUCAÇÃO: BALANÇO DE UMA DÉCADA DE ESTUDOS

Rogerio C Silva | UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais

Resumo No presente texto, investigamos o lugar da criança indígena nas pesquisas em Educação. Como as pesquisas abordam a educação da criança indígena? Como tratam dos processos de transmissão de conhecimento? Como as pesquisas em Educação abordam temas como a construção da noção de pessoa, a corporalidade ou a dimensão cosmológica do grupo na educação da criança? Como tratam o ponto de vista das crianças indígenas e das suas produções? Analisamos 51 trabalhos (dissertações e teses) de Programas de Pós-Graduação em Educação, produzidos entre 2007 e 2018. Utilizamos como palavras-chave : “criança”, “indígena”, “infância” e “educação”. A quantidade de pesquisas sobre a criança indígena ainda é pequena e dispersa. A maior parte orbita em torno de temas como a Educação indígena e a Educação Escolar. Identificamos um movimento crescente de trabalhos mais conectados aos estudos e discussões da Antropologia da criança. Ainda assim, as pesquisas pouco exploram o lugar das crianças indígenas no plano político, religioso e cosmológico de seu grupo. Selecionamos algumas etnografias para aprofundar a análise. Palavras-Chave: Criança indígena. Infância. Educação.

GT07 - Educação de Crianças de 0 a 6 anos
A obrigatoriedade da pré-escola leva à sua universalização?

Bruno Tovar Falciano | UNIRIO - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

A OBRIGATORIEDADE DA PRÉ-ESCOLA LEVA À SUA UNIVERSALIZAÇÃO? Este artigo se propõe a investigar os efeitos da obrigatoriedade escolar na Educação Infantil a partir da EC nº 59/2009. Para tanto, examinamos os municípios de um estado da região sudeste e verificamos se aqueles com condições iniciais semelhantes obtiveram resultados também semelhantes na expansão da pré-escola. A partir de então foi construída uma amostra com 16 municípios desse estado a fim de investigar em mais detalhe o atendimento à pré-escola e seus efeitos na relação com a creche. As análises foram elaboradas a partir de dados quantitativos como os microdados do Censo da Educação Básica do Inep, mas cuja compreensão está ancorada nas perspectivas de autores como Cury e Rua ao se tratar de política pública e de Benjamin quando aborda a pesquisa em ciências humanas. Palavras-chave: Educação Infantil; obrigatoriedade; política pública; avaliação.

GT07 - Educação de Crianças de 0 a 6 anos
A PERCEPÇÃO DE CRIANÇAS DE UMA TURMA DE CRECHE ACERCA DO PERTENCIMENTO ÉTNICO-RACIAL, NUMA COMUNIDADE DE REMANESCENTES DE QUILOMBOLAS

Pedro Neto Oliveira de Aquino | UFC - Universidade Federal do Ceará

A PERCEPÇÃO DE CRIANÇAS DE UMA TURMA DE CRECHE ACERCA DO PERTENCIMENTO ÉTNICO-RACIAL, NUMA COMUNIDADE DE REMANESCENTES DE QUILOMBOLAS Resumo A presente pesquisa analisou como crianças que frequentam a creche de uma comunidade de remanescentes de quilombolas percebem as semelhanças físicas decorrentes do pertencimento étnico-racial e reagem a ela. A abordagem walloniana do processo de constituição da pessoa foi a matriz teórica de referência deste estudo. A investigação foi realizada em uma instituição de educação infantil da região metropolitana de Fortaleza/CE. Participaram do estudo 15 crianças de três a quatro anos de idade, majoritariamente negras. Os procedimentos utilizados para a construção dos dados foram a observação participante e a entrevista coletiva com as crianças, utilizando pares de fotografias e uma história para completar. A análise dos dados torna plausível afirmar que os traços físicos característicos dos negros foram afetivamente impregnados de conteúdo positivo ou negativo para diferentes crianças. Conclui-se que a possibilidade de identificarem diferenças decorrentes do pertencimento étnico-racial e atribuírem qualidades a pessoas negras encontrava-se em desenvolvimento na maioria das crianças. Palavras-chave: Identidade étnico-racial. Crianças negras. Creche.

GT07 - Educação de Crianças de 0 a 6 anos
AS TRANSFORMAÇÕES PROPORCIONADAS PELO PROINFÂNCIA NO ATENDIMENTO À EDUCAÇÃO INFANTIL

Leila Pio Mororó | UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA

AS TRANSFORMAÇÕES PROPORCIONADAS PELO PROINFÂNCIA NO ATENDIMENTO À EDUCAÇÃO INFANTIL Resumo: O texto tem como objetivo a nalisar a adesão ao Proinfância na região Nordeste como um todo e, de forma detalhada, em um município baiano localizado no Sertão Produtivo, d iscut indo os efeitos da implementação do programa a partir das falas de professoras que atuam em três unidades do programa nesse município . A pesquisa desenvolvida foi do tipo avaliativa e te ve como referencial teórico-metodológico o Materialismo Histórico Dialético. Para tanto, utilizou como instrumentos de coleta dos dados a análise documental, o questionário e a entrevista com docentes e gestores de unidades do Proinfância no município estudado . Os resultados evidenciaram que na região Nordeste as unidades do Proinfância foram (e são), em muitos municípios, as primeiras instituições educacionais públicas planejadas especificamente para atender às crianças de zero a seis anos e que, no município estudado , as três unidades do Proinfância tornaram-se centros de referência em Educação Infantil pública, gratuita e de qualidade . Palavras-chave: Proinfância. Educação Infantil. Política Educa cional

GT07 - Educação de Crianças de 0 a 6 anos
Da alegria de brincar à pressão para render: as crianças e o controle do tempo dos adultos

Andrize Ramires Costa | UFPel - Universidade Federal de Pelotas

DA ALEGRIA DE BRINCAR À PRESSÃO DE RENDER: AS CRIANÇAS E O CONTROLE DO TEMPO DOS ADULTOS Resumo: Neste artigo, em formato de ensaio, buscamos a reflexão demarcada por uma dicotomia na Educação Infantil onde, de um lado temos o tempo cronometrado, medido, regulado pela opressão dos relógios dos adultos, concebido pela objetividade dos números, horários e rotinas, representante do mundo pensado, racionalizado. De outro, temos o tempo sentido, percebido pelas crianças, a subjetividade, a experiência e o acontecimento, representantes do mundo vivido. Concluímos que, não obstante a feição social do tempo, pode possibilitar as crianças expandir suas capacidades criativas e inventivas e ser uma aposta ético-política para enfrentar a instrumentalização do tempo e seu domínio na experiência escolar. Palavras-chave: Brincar. Tempo. Educação Infantil.

GT07 - Educação de Crianças de 0 a 6 anos
DOCÊNCIA COM BEBÊS EM OCASIÕES DE CUIDADOS PESSOAIS: INTERAÇÕES E BANHO EM FOCO

Thamisa Sejanny de Andrade Rodrigues | UFS - Universidade Federal de Sergipe

Resumo: O presente estudo é um recorte de pesquisa de mestrado concluída e tem por objetivo central analisar ações interativas de bebês e sua professora, nos momentos destinados aos cuidados pessoais, em situações de banho. Os sujeitos participantes da investigação são 7 (sete) bebês e uma professora, integrantes do agrupamento etário denominado berçário 1, de uma instituição municipal de Educação Infantil situada em Sergipe. Para tanto, compuseram as principais fontes teóricas os estudos que se inserem na(s) chamada(s) Pedagogia(s) da(s) Infância(s). Os dados foram gerados a partir de filmagens, seleção e descrição de episódios interativos. Os momentos relativos ao banho foram marcados, em geral, por significativas ações interativas entre bebês e sua professora, constituindo-se em práticas educativas importantes para o desenvolvimento integral dos bebês, que se materializaram em ações que vão para além de necessidades de higiene corporal, que também são importantes, mas que neste estudo são revelados enquanto momentos de aprendizagens sociais, culturais, afetivas, que integram a indissociabilidade cuidar/educar a criança. Palavras-chave: Bebês. Cuidados pessoais. Docência. Educação Infantil.

GT07 - Educação de Crianças de 0 a 6 anos
Docência com bebês: o corpo da professora que acalma, acalenta e serena

Márcia Buss-Simão | UFSC- Universidade Federal de Santa Catarina

Docência com bebês: o corpo da professora que acalma, acalenta e serena Resumo: O texto aqui proposto, traz para socialização dados de uma pesquisa em nível de mestrado que objetivou compreender como a composição das relações educativas são demarcadas pelo corpo na docência com bebês. A pesquisa parte da compreensão de que as demandas corporais das professoras, nas relações educativas, nascem sobretudo das demandas corporais dos bebês. A geração dos dados foi realizada durante quatro meses em uma instituição pública de Educação Infantil, tendo como sujeitos duas professoras e 12 bebês. O foco de atenção, nas observações, foi registrar as dinâmicas corporais das ações das professoras, como também registrar as relações educativas entre as professoras e os bebês, optando pela utilização de instrumentos, tais como: observação participante, registros escritos, fotográficos e audiovisuais. Os dados de campo da pesquisa revelam dinâmicas corporais marcadas por uma disponibilidade corporal e emocional, ou seja, um corpo disponível, que se movimenta, muda de posições, se expressa, se doa, interage, acalenta, acalma e serena acolhendo as demandas dos bebês. Palavras-chave: educação infantil; docência; bebês; corpo.

GT07 - Educação de Crianças de 0 a 6 anos
Docência na creche: atencionalidade pedagógica na rotina e no planejamento

Daniela de Oliveira Guimarães | UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO - FACULDADE DE EDUCAÇÃO

Docência na creche: atencionalidade pedagógica na rotina e no planejamento Resumo : Este texto nasce de uma pesquisa institucional que tem como objetivo compreender os sentidos da docência na creche, a partir da interlocução com professoras de bebês e crianças de até 3 anos. Analisa encontros de caráter investigativo e formativo, realizados com seis professoras da rede pública, em 2017. Teve como viés metodológico a pesquisa-formação. Nesta perspectiva, em diálogo com seus pares, os interlocutores confrontam e alteram seus pontos de vista. Como achados, destaca-se a rotina, vista pelas professoras como categoria central do trabalho na creche, mas ao mesmo tempo como impeditivo de um fazer mais autônomo com as crianças, pois revela sentidos de aprisionamento. Destaca-se também o olhar para o planejamento como reflexão na/da ação e não somente anterior a ela. Além disso, com base nos estudos da psicologia acerca da atenção, foi possível perceber, a partir dos enunciados das professoras, como a observação atenta e intencional alarga o sentido do pedagógico, para além do proposto, enquanto ação docente, constituindo uma atencionalidade pedagógica. Palavras-chave: Docência na Creche; Rotina, Planejamento, Atenção.

GT07 - Educação de Crianças de 0 a 6 anos
EDUCAÇÃO INFANTIL, INFÂNCIA E GÊNERO NAS REUNIÕES DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM EDUCAÇÃO

Sandro Vinicius Sales dos Santos | UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI

EDUCAÇÃO INFANTIL, INFÂNCIA E GÊNERO NAS REUNIÕES DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM EDUCAÇÃO Resumo O artigo consiste em uma revisão dos trabalhos apresentados na Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped) entre os anos de 1996 e 2017. O corpus de análise compreendeu 21 comunicações orais (oito textos encontrados no Grupo de Trabalho 07 – Educação da Criança de Zero a Seis anos e, treze outros escritos encontrados no grupo de trabalho 23 – Gênero, Sexualidade e Educação). Após análise, os trabalhos foram agrupados nas categorias: relações de gênero entre adultos e crianças; relações de gêneros na perspectiva das crianças; pedagogias de gênero produzidas para as crianças; balanços e revisões da produção acadêmica. A análise destacou as principais correntes teórico-metodológicas presentes na investigação sobre a temática, ressaltando as aproximações e os distanciamentos da produção acadêmica. As conclusões do estudo permitem problematizar as evidências de constituição recente de um campo de pesquisas emergente na pós-graduação brasileira nos últimos dois decênios. Palavras-chaves: relações de gênero; Educação Infantil; produção acadêmica.

GT07 - Educação de Crianças de 0 a 6 anos
Infância, Imagem e Tempo: Devir-criança e Educação Infantil

César Donizetti Pereira Leite | UNESP

Infância, Imagem e Tempo: Devir-criança e Educação Infantil Resumo: Este texto tem por propósito fazer alguns apontamentos acerca de três ideias, (1) a infância, (2) o devir-criança e (3) a educação infantil. Tomaremos como ponto de partida neste movimento, pesquisas que temos desenvolvidas com produções de imagens por crianças e professoras, junto a escolas públicas de Educação Infantil. Como ponto central das discussões tomaremos as imagens produzidas por crianças, seu processo de produção e a suas conexões com as noções de tempo, presentes nas concepções de criança e de infância nas práticas educativas da Educação Infantil. O tema será desenvolvido na perspectiva onde a noção de devir-criança possa nos apresentar algumas fendas para pensar a infância e o trabalho com a criança na Educação Infantil. Como autores centrais e de referência para essas reflexões nos apoiaremos em Giorgio Agamben, Manoel de Barros, Gilles Deleuze entre outros. Palavras Chaves: Infância. Criança. Educação Infantil. Produção de Imagens. Devir-criança.

GT07 - Educação de Crianças de 0 a 6 anos
MUSICALIZAÇÃO NA CRECHE: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E AS CRIAÇÕES SONORAS E MUSICAIS

Maria Cristina Albino Galera | USCS-PPGE - Universidade Municipal de São Caetano do Sul

MUSICALIZAÇÃO NA CRECHE: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E AS CRIAÇÕES SONORAS E MUSICAIS Resumo: Este trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa de mestrado que objetivou compreender como ocorre o processo de musicalização com crianças de 2 a 3 anos em um Centro de Educação Infantil (CEI) do município de São Paulo. Trata-se de uma pesquisa colaborativa que teve como procedimentos: sessões reflexivas, entrevistas com as professoras, observação e registro de campo. Dialogou com os estudos e pesquisas da área da infância e de educadores(as) musicais. A análise dos dados revelou que as professoras reconhecem a importância do trabalho com música, entretanto, na prática, este não ocorria. Evidenciou uma prática marcada por um caráter prescritivo que, no decorrer da investigação, foi sendo ressignificada, verificando-se uma compreensão, por parte das docentes, de que a musicalização infantil ocorre por meio da interação, ludicidade, criatividade e sensibilidade, e que o protagonismo da criança é essencial nesse processo. Demostrou, ainda, que as crianças constroem conhecimento musical através das brincadeiras, sendo inventivas de ritmos e melodias. A investigação culminou na criação de um Parque Sonoro no CEI. Palavras-chave: Musicalização Infantil. Creche. Pesquisa Colaborativa.

GT07 - Educação de Crianças de 0 a 6 anos
O DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM ORAL DE BEBÊS E CRIANÇAS NO CONTEXTO DA CRECHE: PRÁTICAS DOCENTES EM DEBATE

Ana Carine dos Santos de Sousa Paiva | FACULDADE DE EDUCAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

O DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM ORAL DE BEBÊS E CRIANÇAS NO CONTEXTO DA CRECHE: PRÁTICAS DOCENTES EM DEBATE RESUMO Este trabalho, constitui parte de uma pesquisa maior, e busca discutir práticas docentes em relação ao desenvolvimento da linguagem oral (LO) de bebês e crianças nos diferentes momentos vividos na creche. Apoia-se nas contribuições de teóricos que tratam das especificidades da docência na Educação Infantil (EI) e das perspectivas sóciointeracionistas sobre o surgimento da LO. Situa-se na abordagem qualitativa do tipo estudo de caso. Os sujeitos são três professoras de uma creche pública. Os resultados do estudo apontam que: a) as docentes não percebem que o desenvolvimento da LO acontece nos diferentes momentos da rotina, mesmo os que têm maior ênfase em ações de cuidado (alimentação e higiene); b) em duas turmas, ocorrem precárias interações verbais entre docente e crianças, o que não favorece o desenvolvimento da LO. Assim, consideramos a necessidade de um olhar mais atento das formações (inicial e continuada) de professores para essa temática, além de ampliar discussões em relação às especificidades da docência com bebês e crianças pequenas, que vivem, cotidianamente, uma parcela significativa nas creches. Palavras-chave : Creche. Linguagem Oral. Práticas Docentes.

GT07 - Educação de Crianças de 0 a 6 anos
Práticas leitoras com crianças de 0 a 3 anos de idade: o que revelam as narrativas das professoras?

Luziane Patricio Siqueira Rodrigues | UFF - Universidade Federal Fluminense

Práticas leitoras com crianças de 0 a 3 anos de idade: o que revelam as narrativas das professoras? Objetiva-se apresentar um recorte da pesquisa de mestrado, que buscou investigar presenças e sentidos de práticas leitoras na creche, tendo como fonte privilegiada, as narrativas de vinte e quatro professoras, que atuavam em três unidades públicas, de um município fluminense.Na perspectiva narrativa, a abordagem metodológica articulou fundamentos e características das entrevistas coletiva e narrativa, resultando em uma espécie de “rodas de conversas”, com o intuito de possibilitar espaços para provocar memórias e articular histórias, compartilhando saberes, questionamentos e dúvidas, tecendo múltiplos sentidos em torno das experiências narradas. Discorrendo sobre o que é leitura, do modo como os livros são apresentados e como as histórias são socializadas, as professoras contam suas práticas e revelam elementos que as sustentam; apontando considerações sobre o papel do professor na promoção de práticas leitoras. Dialogar com as narrativas docentes pode ajudar a ampliar a reflexão, e a compreensão, sobre a leitura literária na creche e a projetar práticas leitoras de qualidade para todas as crianças. Palavras-chaves: Narrativas, práticas leitoras, creche.

GT07 - Educação de Crianças de 0 a 6 anos
RETRATOS DO COTIDIANO: DIÁLOGOS ENTRE A FORMAÇÃO DOCENTE E AS PRÁTICAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Adrianne Ogeda Guedes | UNIRIO - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Resumo Esse ensaio enseja compartilhar as reflexões que têm sido mobilizadas com nossas experiências de pesquisa-formação, cujo objeto investigativo é a dimensão estética da formação docente para a Educação Infantil, a partir de um conjunto de vozes que se referem às experiências formativas vividas de um ponto de vista pessoal. Conferimos destaque à maneira como o conceito de estética se relaciona ao conceito de sensibilidade e à premissa aqui adotada de que “somos corpo”, desvelando formas de produzir conhecimento no âmbito da pesquisa, da formação e do ensino, que não prescindem da dimensão sensório perceptiva dos sujeitos em formação. Nesse sentido, iluminamos a necessidade de se pensar o processo formativo – docente e discente – considerando a pessoa em sua integralidade. A se considerar as especificidades da docência voltada ao público de 0 a 5 anos de idade, procuramos elucidar como a formação docente pode iluminar rotas que aproximam docência e infância, por meio de experiências estéticas que nutrem e encorajam a ampliar os sentidos humanos na docência, na pesquisa, na vida. Palavras-chave: Educação Infantil e Arte – Educação Estética – Formação de Professores da Educação Infantil.

GT07 - Educação de Crianças de 0 a 6 anos
Sincronias e diacronias na demanda por Educação Infantil do Campo em uma escola de um assentamento rural do semiárido brasileiro

Fernanda Leal | UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

Sincronias e diacronias na demanda por Educação Infantil do Campo em uma escola de um assentamento rural do semiárido brasileiro Resumo O texto analisa aspectos que culminaram na demanda por Educação Infantil do Campo das famílias de um assentamento rural do semiárido brasileiro, considerando arranjos sincrônicos e diacrônicos (SANTOS, 2006), em dois períodos específicos: 2009 a 2016 e 2017 a 2018. Trata-se de pesquisa concluída de mestrado acadêmico, autorizada por Comitê de Ética. A pesquisa foi qualitativa de campo (LUDKE E ANDRÉ; 1986; MINAYO, 2008; BOGDAN E BIKLEN, 1994) e fundamentou-se em Silva e Pasuch (2010), Rosemberg e Artes (2012), Silva, Pasuch e Silva (2012), dentre outros. Realizamos Análise de Conteúdo (BRAUN e CLARKE, 2006). Tomamos a Educação Infantil do Campo como área emergente em torno da qual se orientam estudos e ações interessados em compreender o complexo fenômeno que envolve a educação das crianças de 0 a 5 anos que residem em contextos rurais, entendendo-as como sujeitos de direitos. Objetivamos evidenciar aspectos que interferem na demanda das famílias do assentamento por escola para seus filhos, destacando-se o fator relacional como importante na sua determinação. Palavras-chave : Educação Infantil do Campo. Demanda. Semiárido brasileiro

GT07 - Educação de Crianças de 0 a 6 anos
SOBRE ARTE, DESEJOS E FORMAÇÃO DOCENTE: (RE) ANIMAR CAMINHOS

Carla Andrea Corrêa | UFF - Universidade Federal Fluminense

SOBRE ARTE, DESEJOS E FORMAÇÃO DOCENTE: (RE) ANIMAR CAMINHOS Resumo Resultado de uma pesquisa de mestrado, este texto traz à discussão o tema da formação estética docente. A pesquisa contou com a colaboração de vinte e quatro professoras de Educação Infantil da rede pública de um município fluminense, fundamentou-se nas abordagens (auto)biográficas e assumiu as perspectivas da arte como conhecimento e da educação estética como dimensão da existência que é tecida nas relações socioculturais, no cotidiano. Que histórias e desejos, envoltos à arte, são revelados no exercício de lembrar e narrar? Por meio da proposição de exercícios de memória, privilegiou-se o diálogo com narrativas docentes que contam sobre os espaços da arte em suas vidas. As narrativas produzidas indicam que a sensibilidade estética é cultivada nas formas culturais experimentadas e reafirmam que a estética é o contrário da indiferença. Nesse caminho, ajudam-nos a perceber a arte como oportunidade de ampliar sentidos e conexões, na formação e na prática docentes. Palavras-chave: Formação estética docente. Arte. Narrativas (auto)biográficas. Educação Infantil.

GT07 - Educação de Crianças de 0 a 6 anos
VIVEMOS PARA LUTAR, LUTAMOS PARA VIVER… A PARTICIPAÇÃO DAS CRIANÇAS SEM TERRINHA NA VIDA POLÍTICA DA SOCIEDADE

Bárbara de Oliveira Gonçalves | UERJ/PROPED - Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Vivemos para lutar, lutamos para viver… A participação das crianças Sem Terrinha na vida política da sociedade Resumo A infância inserida em um contexto de lutas apresenta pistas significativas a respeito da vida política que as crianças desenvolvem na sociedade. Investigar o reconhecimento das crianças enquanto sujeitos políticos e as relações de legitimidade que atravessam a participação infantil na luta pela transformação da realidade foi o objetivo da pesquisa que aqui se apresenta. Por meio de análise etnográfica realizada junto às crianças Sem Terrinha, percebemos a identificação destas com a organização de seu grupo de pertencimento social, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), com quem atuam na luta pelo direito a terra, desenvolvendo simultaneamente espaços de organização política próprios da infância, construindo novas metodologias e reivindicações específicas junto a seus pares. Partindo dos aportes da Sociologia da Infância, considerando que as crianças integram realidades específicas, sendo capazes de compreendê-las e modifica-las, acreditamos que o debate a cerca da participação infantil é fundamental para a defesa de uma sociedade democrática. Palavras-Chave: Infâncias políticas. Crianças Sem Terrinha. Participação infantil.

GT07 - Educação de Crianças de 0 a 6 anos