A AUTOFORMAÇÃO DAS PROFESSORAS ALFABETIZADORAS E A QUALIDADE DO ENSINO

Maria Gerlaine Belchior Amaral | UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

A AUTOFORMAÇÃO DAS PROFESSORAS ALFABETIZADORAS E A QUALIDADE DO ENSINO RESUMO O presente texto focaliza a autoformação de professoras que atuam no 1º ano do Ensino Fundamental (alfabetização). Tem por objetivo aprofundar análises sobre os impactos da autoformação na prática de ensino das professoras que exercem a docência no âmbito do processo de alfabetização e letramento das crianças. Busca investigar se essas profissionais vivenciam intencionalmente práticas autoformativas e, se tal prática lhes propicia apreender metodologias inovadoras. Trata-se de uma pesquisa em curso, em nível pós-doutoral a qual busca não apenas conhecer, mas também intervir por meio da pesquisa-ação. A problemática da investigação incide, portanto, sobre a necessidade de melhorias no padrão de qualidade do ensino na Educação Básica. O estudo apoia-se no Plano Nacional de Pós-Graduação (2011-2020) que aponta a Educação Básica como um assunto estratégico e digno da atenção de todo Sistema Nacional de Educação, inclusive do Sistema Nacional de Pós-Graduação e, também em achados de pesquisas que apontam a imperiosa necessidade de uma interlocução mais propositiva entre a universidade e a escola. Palavras-chave: Autoformação Docente. Alfabetização. Ensino. Qualidade Social

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A MEDIAÇÃO ENTRE A CULTURA LITERÁRIA E O SUJEITO LEITOR: UMA REFLEXÃO A PARTIR DA TEORIA HISTÓRICO-CULTURAL

Ana Maria Moraes Scheffer | UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora

A MEDIAÇÃO ENTRE A CULTURA LITERÁRIA E O SUJEITO LEITOR: UMA REFLEXÃO A PARTIR DA TEORIA HISTÓRICO-CULTURAL Resumo O presente artigo apresenta parte dos resultados finais de uma pesquisa de doutoramento, concluída no ano de 2018, cujo objetivo foi compreender as mediações em torno do texto literário realizadas em salas de leitura de quatro escolas públicas de Minas Gerais. Foram sujeitos da pesquisa quatro professoras que atuam nas salas de leitura das escolas pesquisadas. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, sendo instrumentos de produção de dados: observações participantes das atividades nas salas de leitura, análise dos projetos pedagógicos das escolas e um questionário. Com base na teoria histórico-cultural e em um dos eventos observados na sala de leitura de uma das escolas refletimos sobre a linguagem literária, a formação de leitores literários e o papel dos mediadores. Os resultados da pesquisa permitem compreender a sala de leitura como um cronotopo, no qual as mediações de leitura literária contribuem para a formação do leitor literário. As condições de organização e apropriação da sala de leitura possibilitam realizar mediações de natureza outra daquelas realizadas nas salas de aula. Palavras- chave: Leitura. Literatura. Mediação. Cronotopo.

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A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO: O OLHAR DAS DOCENTES FACE À APROPRIAÇÃO DA LEITURA E DA ESCRITA NO BLOCO INICIAL DE ALFABETIZAÇÃO

Vânia Márcia Silvério Perfeito | UnB - Universidade de Brasília

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO: O OLHAR DAS DOCENTES FACE À APROPRIAÇÃO DA LEITURA E DA ESCRITA NO BLOCO INICIAL DE ALFABETIZAÇÃO RESUMO O presente ensaio procurou analisar como as alfabetizadoras de duas Unidades de Ensino vinculadas à Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal, organizam o trabalho pedagógico no Bloco Inicial de Alfabetização, bem como, conhecer as concepções de ensino e aprendizagem que norteam suas práticas, face às mudanças didático-pedagógicas, para o ensino da leitura e da escrita, identificando os principais materiais utilizados. Para a concretização deste estudo foram realizadas entrevistas semiestruturadas direcionadas às docentes alfabetizadoras no segundo semestre letivo do ano de 2018. Os resultados apontaram, como as professoras concebem o processo de alfabetização e letramento face às mudanças materializadas após a década de 1980, bem como, a apreensão das potencialidades e os limites dos procedimentos metodológicos empregados, incluindo o livro didático. Palavras-chave: Organização do Trabalho Pedagógico. Alfabetização. Letramento. Livro didático.

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ALFABETIZAÇÃO COMO PROCESSO DISCURSIVO: apropriação da linguagem escrita com base na interação e discursividade

Maria Cristina Corais | INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO

ALFABETIZAÇÃO COMO PROCESSO DISCURSIVO: apropriação da linguagem escrita com base na interação e discursividade Este trabalho tem como pressuposto que a alfabetização é um processo cultural e essencialmente discursivo. A linguagem verbal é um sistema semiótico e sua apropriação envolve a internalização do signo, instrumento psicológico e fenômeno ideológico. A linguagem é constitutiva do ser humano e o domínio da escrita – forma mais elaborada, precisa e desenvolvida de fala – é o culminar de um longo processo de desenvolvimento que reestrutura as funções superiores do pensamento (VIGOTSKI). A pesquisa, realizada entre 2016-2017, em quatro turmas de alfabetização em escola pública municipal, teve como objetivo aprofundar a compreensão da alfabetização como processo discursivo (SMOLKA, 1988), caracterizando aspectos conceituais e metodológicos. Fundamentada nas Teorias da Enunciação e Histórico Cultural, os resultados indiciam que considerar o sujeito, seu discurso e as condições sociais e culturais da produção escrita, em suas relações lógicas e dialógicas, possibilita que as crianças se alfabetizem tornando-se leitoras e escritoras desde o início dessa aprendizagem. Palavras-chave: alfabetização; discurso; interações discursivas; linguagem escrita.

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APROPRIAÇÃO DA CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO DO PNAIC: elementos para uma reflexão a partir do que ocorreu na sala de aula de uma escola pública

Ana Caroline de Almeida | UFSJ - Universidade Federal de São João Del Rei

APROPRIAÇÃO DA CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO DO PNAIC: elementos para uma reflexão a partir do que ocorreu na sala de aula de uma escola pública Este artigo apresenta resultados parciais de pesquisa de doutorado, que discute apropriações do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC). Nosso construto teórico-metodológico sustenta-se em Bakhtin, Paulo Freire e nos Novos Estudos do Letramento (BARTON e HAMILTON, 2004; STREET, 2004, 2010). As análises sobre os eventos de letramento em uma turma de 2º ano, de uma escola em Recife, apontam para uma concepção ainda tradicional de alfabetização; mas que, por outro lado, guarda elementos que estão na base da proposta do PNAIC, como o foco na apropriação do Sistema de Escrita Alfabética – SEA, o monitoramento das escritas infantis em níveis psicogenéticos e uma tentativa de lidar com a heterogeneidade. Nós argumentamos que políticas e práticas de alfabetização que consideram o SEA como o objeto deste processo, tendem a esvaziar a escrita de sua natureza política, social e cultural, comprometendo a formação crítica das nossas crianças. Palavras chave: PNAIC. Eventos de letramento. Alfabetização.

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CONCEPÇÕES DE ALFABETIZAÇÃO E FORMAÇÃO NOS PROGRAMAS NACIONAIS DE FORMAÇÃO DE ALFABETIZADORES NO BRASIL

Sandra Novais Sousa | UFMS/Campus de Campo Grande - Universidade Federal do Mato Grosso do Sul

O artigo tem por objetivo analisar as concepções de formação docente e alfabetização encontradas nas políticas públicas no período de 1996-2019, frente à sinalização, pelo Governo Federal, da possibilidade de se adotar um método oficial de alfabetização no Brasil. Como procedimentos metodológicos, realizou-se análise documental, tendo como fontes os cadernos de formação dos programas. Os resultados apontam que, embora sejam percebidos avanços no que se refere à concepção de alfabetização, persiste um entendimento de formação na perspectiva da racionalidade técnica. Conclui-se que a adoção de um método único oficial pelo Governo poderia reforçar essa perspectiva técnica de formação, bem como trazer rupturas na concepção de alfabetização construída em parceria com as universidades e pesquisadores da área e apresentada nas últimas duas décadas nos programas de formação lançados pelo Ministério da Educação.

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Crianças e suas leituras de mundo na escrita poética

Ana Isabel Ferreira de Magalhães | UFF - Universidade Federal Fluminense

Este trabalho acompanha o cotidiano escolar de crianças do 1º ano do Ensino Fundamental na cidade de Palma, situada no interior de Minas Gerais, Zona da Mata Mineira. Vivenciando o processo de alfabetização, as crianças nos apresentam suas leituras de mundo juntamente com a descoberta da leitura e da escrita como potente fonte criadora que agencia pensamento, linguagem e, sobretudo, sensibilidade. Nesse movimento, compreendemos que a leitura do mundo precede a leitura da palavra, com suas experiências de mundo as crianças vão tecendo poesias. Através da poesia as crianças vão descobrindo a leitura e a escrita, escrevendo e aprendendo, sem dominar regras gramaticais ou até mesmo a ortografia, apenas tecendo seu mundo, linhas potentes e ousadas. Como aporte metodológico utilizamos alguns procedimentos da etnografia, que nos possibilita mergulhar no cotidiano escolar, partilhando traçados com as crianças, na escrita mundo, na escrita poética.

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DA RELAÇÃO DO ALUNO DE ESCOLAS PÚBLICAS BRASILEIRAS DE ENSINO MÉDIO COM A LEITURA LITERÁRIA: ENTRE REALIDADES E POSSIBILIDADES.

Rodrigo Alves dos Santos | CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERIAS

Da relação do aluno de escolas públicas brasileiras de ensino médio com a leitura literária: entre realidades e possibilidades. Resumo Neste texto, apresentamos resultados de uma investigação realizada entre meados de 2016 e meados de 2018 e que inquiriu jovens estudantes de escolas públicas de uma cidade média do interior de Minas Gerais sobre sua relação com a leitura de literatura. A partir desses resultados, são discutidos, em diálogo com estudiosos da formação de leitores de literatura alguns dos conflitos enfrentados na formação de leitores jovens do país, mas também apontadas algumas possibilidades. Palavras-chave : Formação de leitores; Literatura; Escolas Públicas; Ensino Médio.

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Folhinhas de Algibeira do século XIX: suas tipologias e os possíveis leitores

Ana Paula Pedersoli Pereira | FACULDADE DE EDUCAÇÃO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

Folhinhas de Algibeira do século XIX: suas tipologias e os possíveis leitores A partir de um estudo analítico-descritivo-comparativo das Folhinhas de Algibeira publicadas no século XIX, o presente trabalho busca compreender os possíveis leitores e leitoras pretendidos a partir das tipologias das folhinhas. A investigação fundamenta-se nos estudos da História Cultural, da História do livro e da Leitura e da Literatura popular ou de ampla circulação, permitindo a compreensão do impresso como fonte histórica e como objeto físico. O corpus da pesquisa é constituído por 45 folhinhas do acervo “Catálogo de Obras Raras”, publicadas no século XIX. Os resultados indicam um forte caráter de guia de socialização do tempo do impresso. Seu formato possibilita carregá-la no “bolso”/algibeira, ou seja, portá-lo junto ao corpo, indicando que seria esse um material de muita necessidade. Para diferenciar as publicações de uma mesma editora, aplica-se uma fórmula editorial que emprega um formato geral para todos os exemplares acrescido de partes específicas relacionadas diretamente com certa tipologia da Folhinha e isso configura uma forma de segmentação de leitores e uma identidade para cada título inventado. Edição. Folhinhas de Algibeira. Leitura. Leitor

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GÊNEROS TEXTUAIS/DISCURSIVOS E CAPACIDADE DE LINGUAGEM DOMINANTE: ANÁLISE DOS LIVROS DIDÁTICOS DE ALFABETIZAÇÃO DESTINADOS ÀS ESCOLAS PÚBLICAS BRASILEIRAS

Debora Amorim Gomes da Costa-Maciel | UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO

GÊNEROS TEXTUAIS/DISCURSIVOS E CAPACIDADE DE LINGUAGEM DOMINANTE: ANÁLISE DOS LIVROS DIDÁTICOS DE ALFABETIZAÇÃO DESTINADOS ÀS ESCOLAS PÚBLICAS BRASILEIRAS RESUMO Quais gêneros textuais/discursivos chegam às escolas públicas brasileiras a partir dos livros didáticos? Quais capacidades de linguagem os gêneros selecionados por esses livros podem desenvolver nos(as) alunos(as) em fase de alfabetização? Essas inquietações direcionam esse trabalho, cujo objetivo é investiga a diversidade de gêneros disponível nos livros didáticos de alfabetização, avaliados pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) em suas edições 2010 e 2013. Os dados, tratados à luz do prisma qualitativo e quantitativo (MINAYO & SANCHES, 1993), foram categorizados em seus “aspectos tipológicos” e em suas “capacidades de linguagem dominantes” (SCHNEUWLY e DOLZ, 2004, p. 58). O aporte teórico fundou-se em Schneuwly e Dolz (2004) e Bakhtin (2011), dentre outros. Observou-se que os livros analisados apresentam uma diversidade de gêneros que propiciam o desenvolvimento de capacidades de linguagem variadas, que possibilitarão aos sujeitos a participação nos diversos contextos sociais. Palavras-chaves: gêneros textuais/discursivos; livro didático; Guia do livro didático de alfabetização e letramento.

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HISTÓRIA DA ALFABETIZAÇÃO NO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL: A UTILIZAÇÃO DE CARTILHAS NAS ESCOLAS DA REDE PÚBLICA (1979-2017)

Iara Augusta da Silva | UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL

HISTÓRIA DA ALFABETIZAÇÃO NO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL: A UTILIZAÇÃO DE CARTILHAS NAS ESCOLAS DA REDE PÚBLICA (1979-2017) Resumo Os estudos que tratam da história da alfabetização no Brasil tiveram início na última década do século XX, porém, vêm ganhando maior espaço e visibilidade nos anos 2000. Tendo como referência esses estudos, o presente texto apresenta as reflexões iniciais da pesquisa a respeito da trajetória histórica da alfabetização em Mato Grosso do Sul (MS) no período de 1979 a 2017, com foco no uso das cartilhas. Na realização da investigação buscou apoio em documentos, produções acadêmicas e obras relacionados à história da educação (ALVES, 2001, 2005, 2015) e à história da alfabetização (MORTATTI, 2012; FRADE; MACIEL, 2006; CARDOSO, 2011; AMÂNCIO, 2008; BERTOLETTI, 2006, 2018) no Brasil. Os resultados preliminares apontam a existência de um número pequeno de trabalhos científicos que abordam a história da alfabetização no estado de MS, como também a quase inexistência de acervos de materiais didáticos (livros escolares, por exemplo) em bibliotecas escolares, em centros vinculados às universidades e em institutos históricos sediados neste Estado da federação. Palavras-chave: História da alfabetização; Material didático; Cartilha; Escola pública

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O LUGAR DA SALA DE LEITURA E DA BIBLIOTECA NA ESCOLA

Sônia Maria Milone de Freitas Travassos | UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO - FACULDADE DE EDUCAÇÃO

O LUGAR DA SALA DE LEITURA E DA BIBLIOTECA NA ESCOLA Resumo: O artigo apresenta discussões de uma tese, cujo objetivo foi analisar casos de salas de leitura de escolas públicas de um município brasileiro que alcançaram reconhecimento e visibilidade, para compreender que concepções e práticas sustentavam seus projetos. Após a realização de um estudo exploratório, chegou-se a duas salas de leitura, nas quais se desenvolveu um estudo de profundidade, com observações de práticas, entrevistas e conversas com professoras e crianças. A partir das análises tecidas, a tese apontou sete fatores relevantes para a consolidação, reconhecimento e visibilidade alcançados por estes projetos. Neste artigo, além de trazer discussões sobre as funções de bibliotecas e salas de leitura em escolas, discutimos parte das categorias de análise trabalhadas na tese e os fatores que elas nos ajudaram a indicar. Como aporte teórico-metodológico, nos apoiamos nos estudos Bakhtin (1988) e de Benjamin (1995), autores que sustentam as concepções de linguagem e de sujeito. Também dialogamos com teóricos que estudam o tema das bibliotecas e salas de leitura escolares e suas possibilidades práticas, como Carvalho (2012) e Perrotti (2015). Palavras-chave: Sala de Leitura. Biblioteca Escolar. Práticas de Leitura.

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O lugar dos paratextos biografia e sinopse nas obras literárias infantis: para quem são direcionados e porque considerá-los na mediação da obra?

Flávia Brocchetto Ramos | UCS - Universidade de Caxias do Sul

O lugar dos paratextos biografia e sinopse nas obras literárias infantis: para quem são direcionados e porque considerá-los na mediação da obra? Resumo: Um livro é formado por texto e paratextos, e a interação do leitor com ambos qualifica a leitura do título. Assim, destaca-se a importância de interagir com as informações veiculadas nesses paratextos, os quais por vezes não são considerados em ações de mediação de leitura. Por tal, pretendemos investigar como os paratextos verbais biografia e sinopse são apresentados na obra literária infantil. Para este estudo, utilizamos três obras componentes de acervos da categoria 3 do PNBE 2014: A princesa desejosa , de Cristina Biazetto, Pedro Noite , de Caio Riter, A velinha e o porco , de Rosinha. O estudo foi desenvolvido por meio da análise das obras destacadas, considerando a formação dos paratextos biografia e sinopse, levando em conta a linguagem utilizada, a extensão e as informações veiculadas, em qual parte da obra esses elementos estão situados e a quem são direcionados. Os dados apontam para a relevância de atentar para dados presentes em paratextos em processos de mediação das obras literárias. Palavras-Chave: Literatura; Paratextos; Mediação.

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O PAPEL DO PROFESSOR NAS PRÁTICAS DE LEITURA, ESCRITA E ORALIDADE EM CONTEXTO DE APRENDIZAGEM ATIVA NA EDUCAÇÃO SUPERIOR EM ENGENHARIA

Otilia Lizete de Oliveira Martins Heinig | FURB - Fundação Universidade Regional de Blumenau

O PAPEL DO PROFESSOR NAS PRÁTICAS DE LEITURA, ESCRITA E ORALIDADE EM CONTEXTO DE APRENDIZAGEM ATIVA NA EDUCAÇÃO SUPERIOR EM ENGENHARIA RESUMO Os letramentos acadêmicos são constituídos por especificidades e a inserção nesse meio demanda a apropriação de um novo conjunto de funções e funcionamentos da linguagem. O professor tem o papel de mediador na relação entre sujeito e objeto de conhecimento. Este trabalho objetiva discutir o papel do professor como agente de letramento em contexto de aprendizagem ativa na engenharia. São analisadas entrevistas com docentes do Mestrado Integrado em Engenharia e Gestão Industrial da Universidade do Minho. Por meio de projetos curriculares, os acadêmicos são inseridos em empresas para estágio e, assim, transitam entre as práticas de linguagem características das esferas acadêmica e profissional. As análises se pautam em três correntes teóricas: a) Novos estudos do Letramento; b) Círculo de Bakhtin; c) Teorias da Aprendizagem Ativa. Os dados sinalizam que os professores fazem um trabalho processual em relação à escrita e à oralidade dos estudantes. Nesse contexto, atuam como agentes de letramento, embora não deixem esse reconhecimento explícito em seus dizeres. Palavras-chave: Letramento acadêmico. Escrita. Aprendizagem ativa.

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POR MAIS LEITORES PROFICIENTES: A progressão do ensino de leitura e compreensão textuais no Bloco Inicial de Alfabetização

Márcia Vânia Silvério Perfeito | UnB - Universidade de Brasília

POR MAIS LEITORES PROFICIENTES: A progressão do ensino da leitura e compreensão textuais no Bloco Inicial de Alfabetização RESUMO Este estudo procurou analisar as práticas de leitura e compreensão textuais e a progressão dessas no universo de três turmas do Bloco Inicial de Alfabetização de uma escola da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal. A tessitura teórica ancorou-se em autores, tais como: Soares (2016; 2004), Solé (2012), Morais (2012), Lerner (2007; 2002), Koch e Elias, (2014), Kleiman (2016, 2005), Chartier (2007; 1998), entre outros, objetivando alcançar uma discussão em torno do ensino de língua portuguesa, em particular, dos campos da leitura e compreensão textuais. A pesquisa está inserida na perspectiva de estudo de caso, de tipo etnográfico, conforme realça André (2015; 2005). As docentes foram acompanhadas por meio de observações participantes e grupos focais em 2018. Para o tratamento dos dados, recorremos à análise de conteúdo temática, conforme Bardin (2016). Os resultados apontaram para a ausência de progressão no ciclo, especialmente no que concerne à exploração de questões inferenciais na compreensão dos textos, bem como na baixa frequência da leitura em voz alta realizada pelo educando do 1º ano. PALAVRAS-CHAVE: Ensino. Leitura. Progressão.

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Práticas de linguagem na formação de professores e na educação básica: entrelaçando formas de (r)existir na sala de aula

Diego da Silva Vargas | UNIRIO - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Práticas de linguagem na formação de professores e na educação básica: entrelaçando formas de (r)existir na sala de aula Resumo : Neste artigo, busco refletir sobre as relações que se estabelecem entre as práticas de linguagem que se desenvolvem na escola e as práticas de linguagem que se desenvolvem na universidade como forma de se (re)pensar a formação de professores e as práticas de letramento que a envolvem. Na construção dos entrelaçamentos que compõem este texto, parto de pressupostos teóricos derivados dos estudos em letramentos em diálogo com autores que pensam a formação de professores e as práticas escolares. Como base para a construção de minhas reflexões, me utilizo das falas de estudantes com quem pude dialogar em diferentes ações de pesquisa, ensino e extensão, indissociando-as. O cenário que se apresenta em minha análise, apesar de parecer pessimista, se propõe a construir práticas alternativas que busquem novas formas de se permitir que professores (formadores de professores e em formação) e estudantes (da escola e da universidade) possam (r)existir como sujeitos que sabem em suas salas de aula. Palavras-chave : letramentos; formação de professores; educação linguística; políticas cognitivas; leitura e escrita

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