A CENTRALIDADE DA PRODUTIVIDADE NAS TRAMAS DA ARTICULAÇÃO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA COM A INCLUSÃO

Priscila Turchiello | INSTITUTO FEDERAL FARROUPILHA

A CENTRALIDADE DA PRODUTIVIDADE NAS TRAMAS DA ARTICULAÇÃO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA COM A INCLUSÃO Este artigo resulta de uma pesquisa de doutoramento, cujo objetivo voltou-se a compreender como a educação profissional e tecnológica investe na constituição de sujeitos produtivos na racionalidade neoliberal de matriz inclusiva. Com inspiração no pensamento de Michel Foucault buscou-se empreender um exercício de análise da articulação da educação profissional e tecnológica com a inclusão na Contemporaneidade, elegendo-se como materialidade políticas públicas, documentos de programas de Governo e produções que circulam com o objetivo de apresentar ações e princípios que norteiam a educação profissional e tecnológica e a inclusão. A partir do empreendimento analítico realizado, foi possível compreender que, articuladas, a educação profissional e tecnológica e a inclusão funcionam como tecnologias de governamento das condutas da população na esteira da racionalidade neoliberal, investindo na produtividade dos sujeitos com deficiência de modo a desenvolver as condições de concorrência e competição para sua entrada e permanência no jogo econômico neoliberal. Palavras-chave: Educação profissional e tecnológica. Inclusão. Pessoas com deficiência. Produtividade.

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A CONFIGURAÇÃO DO TRABALHO DOCENTE NO PROCESSO DE INCLUSÃO ESCOLAR: COLABORAÇÃO ENTRE O/A PROFESSOR/A DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO – (AEE) E OS/AS PROFESSORES/AS DA SALA DE AULA COMUM

Gercineide Maia de Sousa | UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE

Este artigo apresenta o resultado da pesquisa, de abordagem qualitativa, que analisou em que medida e em quais circunstâncias o trabalho docente realizado pelos professores de Atendimento Educacional Especializado – (AEE) é colaborativo ao trabalho docente desenvolvido pelos professores de Sala Comum – (SC), de forma a contribuir com o processo de escolarização e desenvolvimento dos alunos do Ensino Fundamental Inicial, público-alvo do AEE, matriculados nas escolas municipais de Rio Branco-Acre. Os resultados da pesquisa documental apontam que a legislação vigente no país, por si não garante inclusão escolar, mas a política pública. Ademais, mostrou que o trabalho docente tem se organizado, sobretudo, na Resolução nº 4 CNE/CEB/2009. O estudo empírico evidenciou que o trabalho desses professores tem se configurado como colaborativo na medida em que suas práticas docentes procuram responder às necessidades educacionais dos alunos público-alvo do AEE, necessitando, portanto, ser reorganizado diante das dificuldades e desafios que esses profissionais têm em desenvolver a aprendizagem das crianças. Palavras-chave: Trabalho docente. Trabalho colaborativo. Professores de Atendimento Educacional Especializado. Professores da Sala de Aula Comum. Inclusão Escolar.

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A CONSTITUIÇÃO DE UMA VERDADE SOBRE A EDUCAÇÃO DE SURDOS: UMA APROXIMAÇÃO AOS DOCUMENTOS DO CONGRESSO DE MILÃO (1880)

Eliane Telles de Bruim Vieira | UFES - Universidade Federal do Espírito Santo

RESUMO: Este texto é um recorte de uma pesquisa que tem como objetivo retomar as discussões sobre a história da educação de surdos por meio da releitura dos documentos dos congressos ocorridos no final do século XIX. O congresso de Milão (1880) permanece como monumento sobre o qual pesquisadores da educação de surdos podem sempre encontrar novas problematizações. A partir de uma leitura do corpus documental deste congresso, procuramos retomar como em Milão se deu a construção de uma verdade a ser implementada. Objetivamos problematizar como as bases religiosas e filosóficas da época, aliadas a outros elementos práticos, permitiram normatizar o melhor método para a educação de surdos. A aproximação ao conjunto de documentos referentes ao Congresso de Milão favorece discutir questões ainda hoje subjacentes em muitos debates acerca da educação de surdos e se apresenta como tarefa necessária, pois tal evento é, sem dúvida, o mais conhecido acerca da educação de surdos.

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A DOCÊNCIA E A AÇÃO PEDAGÓGICA NOS PROCESSOS ESCOLARES INCLUSIVOS: UMA AULA DE MATEMÁTICA NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL COM A PRESENÇA DE ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Clarissa Haas | UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul

A DOCÊNCIA E A AÇÃO PEDAGÓGICA NOS PROCESSOS ESCOLARES INCLUSIVOS: UMA AULA DE MATEMÁTICA NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL COM A PRESENÇA DE ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL RESUMO: No presente artigo, a nalisa-se a complexidade da ação docente para os processos escolares inclusivos a partir de um cotidiano “real” – uma turma de 7º ano do Ensino Fundamental com a presença de estudantes com deficiência intelectual de uma escola pública municipal em Caxias do Sul (RS) -, selecionada a partir do Censo Escolar da Educação Básica (BRASIL, 2017). O foco metodológico tratou-se da pesquisa-intervenção, com a realização de uma oficina de aprendizagem na turma. O objetivo da oficina foi propor estratégias de aprendizagem capazes de envolver a todos os estudantes, conforme suas possibilidades, em torno da construção de um conteúdo matemático comum , pois observou-se que o currículo desenvolvido pelos estudantes com deficiência era totalmente distinto do restante da turma. Questiona-se as simplificações curriculares feitas para os estudantes com deficiência e a precarização do trabalho docente na figura do ” cuidador educacional” como apoio pedagógico no âmbito dessa rede de ensino. PALAVRAS-CHAVE: Ação docente. Deficiência intelectual. Inclusão escolar. Currículo. Matemática.

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A educação emocional e a vivência da tristeza em estudantes com deficiência intelectual

Taísa Caldas Dantas | UFPB - Universidade Federal da Paraíba

Resumo: Este artigo tem o objetivo de analisar os principais estímulos geradores da emoção da tristeza em estudantes com deficiência intelectual. As emoções sempre foram vistas com muita desconfiança e opostas da razão, sendo a tristeza comumente considerada uma emoção negativa e que deve ser evitada. Todavia, refletir sobre os fatores que levam um indivíduo a vivenciar a tristeza pode possibilitar o seu autoconhecimento e a ressignificação dessas situações, principalmente em indivíduos que vivem sujeitos a vulnerabilidades, como é o caso das pessoas com deficiência. A pesquisa possui natureza qualitativa e foi realizada com 27 jovens com deficiência intelectual da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Os instrumentos de coleta de dados utilizados foram a observação direta e um roteiro de entrevista semiestruturada. Os resultados da pesquisa apontam que a educação emocional contribui para uma vivência sadia da emoção da tristeza, a qual tem função de renovo, de abrir espaço para o novo, sendo fundamental para a superação dos obstáculos paralisantes impostos às pessoas com deficiência, pois, esta emoção pode proporcionar novas experiências, aprendizagens e empoderamento no cotidiano destes sujeitos. Palavras-Chave: Deficiência Intelectual; Educação Emocional; Tristeza.

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A ESCOLARIZAÇÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA EM UM MUNICÍPIO BRASILEIRO: aspectos da municipalização e suas relações entre o público e o privado.

Flávia Pedrosa de Camargo | PUC-Rio - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

A ESCOLARIZAÇÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA EM UM MUNICÍPIO BRASILEIRO: aspectos da municipalização e suas relações entre o público e o privado. Resumo: Este trabalho propõe-se a investigar a escolarização de pessoas com deficiência na rede municipal de ensino de um município localizado no interior do país, considerando a implementação de políticas educacionais voltadas às pessoas com deficiência. A partir dos microdados do Censo Escolar de 2013 a 2018 e com posterior análise da quantidade de matrículas por etapa de ensino no ano de 2018 verificamos que o acesso dos alunos com deficiência apresentou crescimento, no entanto, tais alunos encontram-se retidos nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Tal fato relaciona-se, sobretudo, ao sombreamento de ações da iniciativa privada em detrimento do setor público, por meio da utilização de verbas públicas e na oferta de atendimentos voltados às pessoas com deficiência sendo realizados amplamente em instituição privada de caráter filantrópico. Palavras-chave: Educação Especial; Educação Inclusiva; Políticas educacionais.

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AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL NOS PLANOS DE EDUCAÇÃO: PRESENÇAS E AUSÊNCIAS

Patricia Teixeira Moschen Lievore | UFES - Universidade Federal do Espírito Santo

AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL NOS PLANOS DE EDUCAÇÃO: PRESENÇAS E AUSÊNCIAS RESUMO O artigo objetiva analisar como a educação de pessoas com deficiência visual está inserida no PNE (Plano Nacional de Educação), bem como nos Planos Estaduais de Educação (PEE’s) e nos Planos Municipais de Educação (PME’s) das capitais dos estados brasileiros. Para tanto, realizamos uma pesquisa com abordagem qualitativa através da análise documental e análise de conteúdo. Para subsidiar nossas discussões recorremos aos pensamentos de Gramsci (2004), Thompson (1987) e Flores (2011). Os resultados obtidos evidenciaram a inexistência de uma política pública direcionada à educação da pessoa com deficiência visual. Constatamos que as práticas de ensino direcionadas a esses alunos, quando presentes na legislação, restringem-se apenas ao ensino de técnicas como se não existissem outras necessidades/demandas a serem trabalhadas, outras ações a serem desenvolvidas e, mesmo essas, não precisariam ser questionadas e reconfiguradas. Palavras-chave: Planos de Educação; Educação Especial; Deficiência Visual.

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Cartografando a educação de surdos, deficientes auditivos e surdocegos na região do Caparaó Capixaba/ES

Aline de Menezes Bregonci | UFES - Universidade Federal do Espírito Santo

Cartografando a educação de surdos, deficientes auditivos e surdocegos na região do Caparaó Capixaba/ES Resumo O presente trabalho dedicou-se a cartografar a educação de surdos, deficientes auditivos e surdocegos na região do Caparaó Capixaba/ES, procurando identificar e problematizar as políticas e práticas da Educação Especial envolvendo este público nas escolas locais inclusivas. Realizamos assim, uma cartografia simbólica, considerando as categorias escala, projeção e símbolo/simbolização a partir da abordagem das Epistemologias do Sul na perspectiva teórica de Boaventura de Sousa Santos. Os resultados encontrados mostram que a legislação tem se materializado de diferentes formas nos municípios do Caparaó/ES. Contudo, apesar de todas as dificuldades encontradas por ser uma região não-hegemônica, o que tem sido desenvolvido na região do Caparaó Capixaba/ES, mostra uma grande potência que emerge das práticas educativas-escolares. Palavras-chave : Cartografia da Educação de Surdos, Deficientes Auditivos e Surdocegos. Políticas de Educação Especial. Práticas Escolares.

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Condições de acessibilidade e a inclusão educacional em um município sul-mato-grossense

Mônica de Carvalho Magalhães Kassar | UFMS - Universidade Federal do Mato Grosso do Sul

Nos últimos anos, o censo escolar tem apontado o aumento das matrículas de estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades/superdotação nas classes comuns do ensino regular. Com isso os sistemas de ensino têm sido tensionados a (re)organizarem suas redes no que se refere às condições de acessibilidade a essa população de alunos na escola. Considerando esse quadro, este texto tem o objetivo de apresentar como a Rede Municipal de Ensino de um município polo da implantação de políticas públicas de inclusão, no estado de Mato Grosso do Sul, tem se organizado para possibilitar a existência de condições de acessibilidade e inclusão escolar. Foi utilizada a abordagem qualitativa/quantitativa e as análises foram orientadas pelo materialismo histórico-dialético. Os resultados apontam que, por um lado, o município tem realizado ações para possibilitar a desconstrução de barreiras físicas à inclusão de estudantes com deficiência, mas por outro os investimentos direcionados até o momento para esse fim não têm o alcance proposto.

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Culturas, políticas e práticas de Inclusão em Educação: um estudo de caso

Monica dos Santos Toledo | UFF - Universidade Federal Fluminense

Culturas, políticas e práticas de Inclusão em Educação: um estudo de caso Resumo: Esta pesquisa constituiu um estudo de caso e investigou as ações para a promoção de inclusão em educação desenvolvidas em uma escola de governo, que cumpre um importante papel na formação dos servidores públicos no Estado do Rio de Janeiro. Foram utilizados como instrumentos de coleta de dados a análise documental, a observação participante e uma entrevista semiestruturada. Como técnica de tratamento dos dados, utilizamos a análise de conteúdo proposta por Bardin (2011) e como perspectiva teórico-analítica, a omnilética, que compreende o entrelaçamento dialético e complexo de culturas, políticas e práticas de inclusão (SANTOS, 2013). Constatamos, por meio deste estudo, que as culturas, políticas e práticas da escola pesquisada apresentam convergências e divergências em relação aos princípios da inclusão em educação que se busca desenvolver na própria instituição. Entretanto, as ações planejadas e desenvolvidas mostraram-se como um movimento necessário e com potenciais para contribuir com a construção de políticas públicas mais inclusivas, considerando o cidadão como sujeito participante deste processo. Palavras-chave: Inclusão em Educação; Escola de Governo; Educação corporativa.

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Educação Especial, formação do professor e a prática de ensino: sentidos no estágio supervisionado da licenciatura

Mateus Henrique do Amaral | UNIMEP - Universidade Metodista de Piracicaba

Educação Especial, formação do professor e a prática de ensino: sentidos no estágio supervisionado da licenciatura Resumo O estudo analisa as possibilidades de formação na licenciatura para práticas de ensino que proponham a reflexão sobre o currículo escolar para o desenvolvimento de alunos com deficiência na escola comum. Trazemos episódios da supervisão de estágio em um curso de licenciatura, analisados à luz da psicologia histórico-cultural, em diálogo com a perspectiva enunciativo-discursiva. Os episódios indicam os sentidos em torno do compromisso de ensinar, bem como sobre a prática com o aluno com deficiência na escola comum. Identificamos a complexidade na apresentação de propostas para as adaptações curriculares apontadas pelas políticas educacionais para a educação especial, mas reconhecemos a possibilidade de (re)significações dos conceitos e visões a partir das negociações de sentidos entre professora, pesquisador e estagiários. Compreendemos que o ensino para alunos com deficiência deve se orientar para práticas que incidam no funcionamento psíquico dos estudantes, considerando suas formas particulares de apropriação da cultura, de modo a ancorar a participação efetiva destes na escola. Palavras Chave: Educação Especial. Formação de Professores. Práticas de Ensino.

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EFEITOS NO USO DA COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA EM UMA ALUNA COM AUTISMO

Carla Cordeiro Marçal Y Guthierrez | UERJ - PROPED - Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Resumo Sabe-se o quanto é desafiador ter um aluno com Transtorno do Espectro Autista – TEA em uma sala de aula comum, no ensino regular, principalmente quando esse aluno não é oralizado. A literatura científica nos comprova os efeitos do uso da Comunicação Alternativa e Ampliada – CAA na vida desses sujeitos, contribuindo para a comunicação e aprendizado. O objetivo do presente artigo é apresentar e analisar os efeitos no desempenho da comunicação de uma criança de 6 anos de idade, com autismo, através do uso de cartões de comunicação alternativa, tendo-se uma pesquisadora como agente de intervenção. Esta pesquisa foi realizada na sala do Atendimento Educacional Especializado – AEE em uma escola pública na cidade do Rio de Janeiro. O presente estudo caracteriza-se como uma pesquisa quase experimental, com um delineamento do tipo A-B. Houve um aumento na frequência de interação da aluna com a utilização dos pictogramas e com a professora, para isso utiliza-se o Sistema de Comunicação por Troca de Figuras ( PECS – The Picture Communication System), aplicado ao contexto do Curriculum Funcional Natural (PECS-Adaptado). Palavras-chave: Comunicação Alternativa e Ampliada – Transtorno do Espectro Autista – Atendimento Educacional Especializado

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Evidências de aprendizagem de estudantes com deficiência intelectual: um estudo em escola municipal paulistana

Ingrid Anelise Lopes | FACULDADE DE EDUCAÇÃO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - FEUSP

Resumo Com o objetivo de analisar formas de apreender o direito à aprendizagem de estudantes com deficiência intelectual, esta pesquisa focalizou a problemática por meio de abordagem qualitativa com estudo de caso. No trabalho de campo em uma escola, priorizou-se o acesso a documentos. Foram produzidos dados sobre trajetória escolar e evidências de aprendizagem. Dos resultados, depreende-se que a trajetória dos estudantes focalizados é marcada por aprovações e registros de conceitos em boletins que sugerem aprendizagem nas áreas de inglês, arte e educação física. Para outros componentes curriculares a maioria dos estudantes contam com os conceitos que não sinalizam aprendizagem. As anotações também presentes nos boletins nem sempre coadunam com os conceitos ou pouco colaboram para a sua compreensão. Apesar dessas incongruências, verifica-se esforços da escola em registrar aspectos do currículo escolar, indicando que a política educacional tem impulsionado olhar sobre o direito à aprendizagem dos estudantes com deficiência intelectual. Compreende-se, por fim, que questões relacionadas a sexo e raça intervêm sobre a escolarização desses sujeitos, indicando a emergência de estudos interseccionais. Palavras-chave: Educação especial. Inclusão. Aprendizagem. Deficiência intelectual.

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Garantia de direitos de pessoas com deficiência assistidas pelo Programa BPC na Escola

Carla Biancha Angelucci | FACULDADE DE EDUCAÇÃO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - FEUSP

Garantia de direitos de pessoas com deficiência assistidas pelo Programa BPC na Escola O trabalho aborda o direito à educação de pessoas com deficiência que recebem o Benefício de Prestação Continuada e são assistidas pelo Programa BPC na Escola. O Programa objetiva identificar crianças e adolescentes beneficiários do BPC e indicar ações e políticas visando à superação de barreiras que impeçam frequência à escola, favorecendo sua inclusão educacional e o exercício de sua cidadania. Buscou-se compreender a rede de garantia de direitos acionada pelas famílias, caracterizando-se os beneficiários e suas relações com os serviços de diferentes políticas sociais, a partir da análise de questionários aplicados em 2014. Entre os resultados, destacam-se: i) equívocos e inconsistências em seu preenchimento; ii) significativa discrepância entre o número de pessoas com deficiência recebendo até um salário mínimo e o número de beneficiários do BPC; iii) a maioria dos beneficiários frequenta ou já frequentou a escola; iii) a principal relação das famílias se dá com equipamentos do setor Saúde, indicando permanência da lógica da reabilitação como principal estratégia de atenção para essa população. Palavras-chave: Educação Especial. Deficiência. Benefício de Prestação Continuada. BPC na Escola.

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LIVROS ILUSTRADOS TÁTEIS PARA CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL: A LEITURA MEDIADA

Roberta Stockmanns | PPGEDU/UFRGS

RESUMO Esta pesquisa traz como seu campo de estudo: os livros ilustrados táteis e o letramento de crianças com deficiência visual. Tem como objetivo analisar se os livros ilustrados táteis produzidos para a pesquisa contribuem para o processo de letramento de crianças com deficiência visual. Realizou-se mediações de leitura com estes livros junto a crianças com deficiência visual, para este artigo analisamos a mediação de leitura de um dos livros com uma das crianças. O percurso metodológico conduziu às seguintes etapas: revisão de bibliografia, confecção de livros ilustrados táteis e mediação de leitura. Como conclusões identificamos que as crianças com deficiência visual, primeiramente, fazem a exploração das imagens contidas nos livros para em seguida realizar a leitura da escrita braile, atestando que, como qualquer criança, seu interesse inicial são as imagens. Através das intervenções realizadas as crianças puderam compartilhar os livros ilustrados táteis com seus colegas e se deslocar entre o universo literário e social, estabelecendo relações para além do livro, em momentos de socialização e protagonismo. Palavras-chave: Educação Especial. Educação Inclusiva. Letramento. Livros Ilustrados Táteis. Deficiência visual.

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O discurso bilíngue na escola: a experiência da auto narração como estratégia para pensar os processos de subjetivação de alunos surdos

Anie Pereira Goularte Gomes | UFSM - Universidade Federal de Santa Maria

O discurso bilíngue na escola: a experiência da auto narração como estratégia para pensar os processos de subjetivação de alunos surdos A proposição deste artigo é problematizar os significados que vêm sendo produzidos sobre o sujeito surdo bilíngue na escola de surdos. Os fragmentos enunciativos compõem essa malha discursiva e vão subjetivando o aluno no contexto educacional institucionalizado. Para dar conta de tal problemática, a análise empreendida tomou como base os dados de uma pesquisa realizada em escolas de surdos por universidades do Rio Grande do Sul, e a partir das recorrências discursivas quanto a educação bilíngue foi proposta uma ação específica em uma das escolas pesquisadas. Considerando esse espaço como lócus privilegiado na produção de saberes no que tange ao sujeito bilíngue foram realizadas oficinas culturais. A estratégia metodológica se deu a partir de exercícios de auto narração que produziram materialidades como fotos, imagens, desenhos, esculturas, músicas e textos, constituindo o corpus analítico da pesquisa. Neste sentido, os saberes produzidos dizem do sujeito e os modos pelos quais ele é tecido socialmente, em específico neste trabalho, na escola. Palavras-chave: sujeito bilíngue; escola de surdos; oficinas culturais; subjetivação.

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O profissional de apoio/monitor: contextualizando o serviço no município de Santa Maria/RS

Manoela da Fonseca | UFSM - Universidade Federal de Santa Maria

O presente artigo objetiva produzir uma leitura sobre o serviço do profissional de apoio/monitor no Município de Santa Maria, no contexto das Redes Municipal e Estadual de Ensino. As questões que dão origem ao trabalho são produzidas a partir do aumento significativo do número de profissionais de apoio/monitores nos último anos no contexto das duas redes, e isso traz um efeito em termo de relação pedagógica no contexto da sala de aula. A pesquisa é de abordagem qualitativa, de caráter exploratório, e para fins de análise,utilizou-se informações obtidas junto à Secretaria Municipal de Educação e à 8ª Coordenadoria Regional de Educação e documentos específicos destas Redes de Ensino. Destacamos as diferentes configurações de ambas as Redes devido às traduções que cada uma faz sobre as legislações vigentes que norteiam o trabalho do profissional de apoio/monitor. Os resultados apontam para um aumento considerável de profissionais de apoio/monitores em relação ao pouco aumento de matrículas de alunos público-alvo da educação especial, principalmente na Rede Municipal de Ensino; funções de caráter pedagógicos; e poucas produções acadêmicas, a nível nacional, sobre este serviço.

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PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E O DIREITO DE CONCORRER A CARGOS PÚBLICOS PELA RESERVA DE VAGAS

Adriana Pagaime - Fundação Carlos Chagas | FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS

Resumo Este estudo traz o debate da política de reserva de vagas em concursos públicos, analisando a operacionalização, ou seja, a implementação das regras previstas no Decreto Federal nº 3.298/1999 que regulamentou a referida reserva e como elas vêm sendo aplicadas e expressas nos editais dos concursos. Foram analisados editais de concursos públicos do Poder Judiciário Federal, publicados entre os anos de 2007 a 2010, para verificar como a interpretação/aplicação da regra pode impactar na garantida dos direitos que a norma legal visa a amparar. Os textos dos editais dos concursos indicam que, apesar da regulamentação ser de 1999, na prática, até meados de 2008 a reserva de vagas se constituía em mera formalidade, que muitas vezes limitava a participação dessa população nos processos seletivos. Palavras-chave: pessoas com deficiência, concursos públicos, reserva de vagas, cotas.

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PRÁTICA PEDAGÓGICA EM AMBIENTE HOSPITALAR: EXPERIÊNCIAS DO VIVER EM UM CENTRO DE ONCOLOGIA INFANTO-JUVENIL

Osdi Barbosa dos Santos Ribeiro | UEFS - Universidade Estadual de Feira de Santana

PRÁTICA PEDAGÓGICA EM AMBIENTE HOSPITALAR: EXPERIÊNCIAS DO VIVER EM UM CENTRO DE ONCOLOGIA INFANTO-JUVENIL Resumo O presente estudo transita entre a educação e a saúde ao abordar a prática pedagógica em ambiente hospitalar. Objetivamos compreender como se constituem as práticas pedagógicas do profissional pedagogo junto às crianças hospitalizadas em um centro de oncologia. Adotamos metodologicamente a pesquisa qualitativa do tipo descritiva. Os instrumentos de pesquisa utilizados foram observação sistemática da prática pedagógica e entrevista semiestruturada destinada a uma pedagoga da equipe multidisciplinar. Os dados da pesquisa revelam que na perspectiva da Pedagogia Hospitalar, prática pedagógica materializada na vertente do enfoque educativo torna-se efetivamente inclusiva, visando aproximar a criança das atividades que faziam parte de sua vida antes do adoecimento, como o convívio na escola. Ficou evidente que a prática pedagógica poderia ocorrer com mais frequência, bem como ressaltamos a importância da implantação de uma classe hospitalar no contexto em estudo, ampliando a atuação do pedagogo junto às crianças afastadas da escola por uma limitação decorrente do tratamento oncológico. Palavras-chave : Pedagogia Hospitalar; Prática pedagógica; Centro de oncologia.

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SURDEZ E CONSTRUÇÃO SOCIAL DA IDENTIDADE

Carla Cazelato Ferrari | PUC-SP/PPGE História, Política, Sociedade - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

SURDEZ E CONSTRUÇÃO SOCIAL DA IDENTIDADE Resumo : Esta comunicação tem por objetivo apresentar resultados de pesquisa que investigou a construção da identidade social de sujeitos surdos, por meio de suas trajetórias, com ênfase nos processos de escolarização e, subsidiariamente, nos de socialização, na medida em que se parte da premissa que a identidade individual é resultado de diferentes experiências sociais concretas às quais os sujeitos são submetidos. Para tanto, foram selecionados três sujeitos surdos (um homem e duas mulheres) pertencentes a diferentes estratos sociais, os quais, por meio de entrevistas semiestruturadas, ofereceram um conjunto de dados sobre seus processos de escolarização e socialização. Os resultados revelam que a apropriação e uso predominante da língua de sinais ou língua oral, embora seja fundamental para a construção dessas identidades, não foi o único vetor responsável por uma inserção social mais ou menos qualificada porque, para além da condição da surdez, as distintas possibilidades que o meio social oferece, são elementos fundamentais para essa construção, sem desconsiderar a importante marca que essa condição lhes confere. Palavras-chave : Educação Especial, Surdez, Processos de escolarização, Trajetórias sociais.

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