(Proble)matiz-ar pesquisas e(m) educações: fissuras metodológicas (em via)gem

Alda Regina Tognini Romaguera | UNIVERSIDADE DE SOROCABA

(Proble) matiz -ar pesquisas e(m) educações: fissuras metodológicas (em via)gem RESUMO Propomos, neste texto, problematizar pesquisas e(m) educações em suas dimensões metodológicas, apresentando algumas de nossas vivências com trabalhos acadêmicos, seja como estudiosas, orientadoras ou membros de bancas. Apostamos na intensidade da invenção de múltiplos artefatos sensíveis como cartões postais, vídeo poemas, vídeo cartas, cartas, contos, fotografias, poemas, danças, performances, instalações. Trazemos as potências desses fluxos desde dentro de uma formatação metodológica estudada, concretizada e expressa pelas normas acadêmicas e que, mesmo assim, fraturam os caminhos ao abrirem mão das certezas, mas não do planejamento; resistem a uma vontade exclusiva de explicação e interpretação, sem abandonar a análise da/na produção dos dados, eventos e conhecimentos. Nossa proposta é arrastar o conceito de devir para escapar de uma concepção monolítica sobre o lugar e o funcionamento da metodologia de pesquisa em educação; fissurar metodologias por uma poética da produção de sentidos; deslocar o ‘mesmo lugar’, no encontro entre pessoas e objetos e sensações, com composições à deriva, mutantes a cada acontecimento. Palavras chave: Metodologia de pesquisa. Arte. Devir.

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A FORMAÇÃO PERMANENTE DO ARTISTA-DOCENTE DE TEATRO: É PRECISO EXPERIENCIAR ARTE PARA ENSINAR ARTE?

Janaína Meira Russeff | UNIRIO - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Resumo: Este artigo, de cunho qualitativo e etnográfico, problematiza e enfatiza a necessidade de voltarmos a atenção para a formação permanente do artista-docente de Teatro, visto que raras são as políticas públicas e projetos pedagógicos específicos para tais profissionais. Consubstanciado por referências teórico-documentais e respaldado na escuta de professores de Teatro que atuam na educação básica, o presente estudo reflete sobre a relevância da experiência artística (fazer, fruir e pesquisar) permanente na formação do artista-docente. A pretensão é a de que esta escuta sirva de parâmetro para análise das condições atuais da formação continuada e assim contribua para a construção do caminho, ainda pouco pavimentado, da formação permanente do artista-docente de Teatro. Palavras-chave: formação de professor; ensino do Teatro; formação permanente.

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A imagem da mulher nas experiências pedagógicas com cinema

Maíra Norton Silva | UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro

A imagem da mulher nas experiências pedagógicas com cinema Resumo: Este trabalho busca refletir sobre como o sexismo e a branquitude atravessam as experiências pedagógicas com cinema. Que imagens da mulher projetamos nas oficinas? Quais diversidades de olhar compõem o repertório de filmes exibidos nas aulas? Como percurso para realizar tal reflexão partimos do questionamento sobre o olhar universal masculino branco que incide na produção cinematográfica hegemônica a partir da desigualdade sexual e racial das equipes de realização dos filmes. Avançamos para a reflexão sobre a importância da auto imagem no processo de construção de subjetividades e a potência pedagógica da criação feminina que amplia o espectro de representação do sujeito mulher. Abordamos então a discussão sobre a existência de uma poética feminista x o olhar feminino e por fim pesquisamos os materiais pedagógicos de quatro projetos de cinema e educação a fim de observar se há ou não uma equidade de sexo na autoria dos filmes que exibem. Palavras chaves: Cinema-educação, poética feminista, pedagogia decolonial

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A suspensão do “escolar”: Arte e Cinema nas escolas de um tempo totalitário.

Daniella D Andrea Corbo | UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro

A SUSPENSÃO DO ESCOLAR: ARTE E CINEMA NAS ESCOLAS DE TEMPOS TOTALITÁRIOS RESUMO Essa pesquisa busca, a partir de um trabalho de cinema realizado em uma escola de educação básica entre os anos de 2012 e 2015, refletir sobre possibilidades outras da entrada da Arte na escola, além da já conhecida abordagem triangular de ensino de Ana Mae Barbosa. No contexto dos grandes abismos sociais e ameaças totalitárias pelos quais a escola brasileira passa atualmente, pensa-se a Arte na escola como possibilidade de suspensão e profanação desse espaço. Para tanto, utiliza-se aqui a experiência vivida como professora e passeur numa escola de cinema. E partir de algumas conceitualizações colhidas com os estudantes participantes do projeto sobre “o que é uma escola”, o texto como cartografia estabelece relações com algumas das categorias de Jan Masschelein e Marteen Simons (2015) sobre “o que é o escolar”. Refletindo sobre o que os mesmos autores definem como “suspensão” e “profanação”, pensa-se o encontro da Arte e mais especificamente do cinema com a escola como um encontro de desterritorialização e criação em contraposição unicamente a possibilidade da arte como ensino. Palavras-chaves: Cinema e Educação; Arte e Educação; Suspensão; Profanação; Escolas de Cinema.

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ARGUMENTOS QUE SUSTENTAM A DEFESA DA DANÇA COMO COMPONENTE CURRICULAR NA EDUCAÇÃO BÁSICA

Samuel Barreto dos Santos | UERJ/FEBF - Universidade do Estado do Rio de Janeiro

ARGUMENTOS QUE SUSTENTAM A DEFESA DA DANÇA COMO COMPONENTE CURRICULAR NA EDUCAÇÃO BÁSICA RESUMO : Nessa pesquisa, me proponho a descrever os discursos em defesa do ensino da dança na Educação Básica, presentes nos anais de dois encontros nacionais de pesquisadores em dança: o Encontro Científico Nacional de Pesquisadores em Dança (ANDA) e o Encontro de Grupos de Pesquisa em Dança (ENGRUPEdança). Tendo em vista a aprovação da lei 13.278/16 (BRASIL, 2016), que estabelece a obrigatoriedade do ensino de dança nas escolas de Educação Básica, faz-se necessário a emergência da divulgação desses discursos que, em sua maioria, ficam restritos aos pesquisadores da Dança. Foram selecionados 59 textos, nos quais tais discursos foram listados e separados em 4 blocos, que representam os temas principais que aparecem nos textos. Palavras-chave : Currículo. Discurso. Ensino de Dança. Disciplinarização.

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ARTE, EDUCAÇÃO E POLÍTICA: EXPERIÊNCIAS DE LUTA E RESISTÊNCIA COM TEATRO DO OPRIMIDO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES.

Andrea Penteado | UFBA - Universidade Federal da Bahia

ARTE, EDUCAÇÃO E POLÍTICA: EXPERIÊNCIAS DE LUTA E RESISTÊNCIA COM TEATRO DO OPRIMIDO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES. RESUMO Apresentamos resultados de uma pesquisa contínua que investiga a potencialidade da prática artística na formação de pedagogos. Investimos na hipótese de que o exercício da arte permitirá uma formação emancipatória e criativa de professores capazes de intervirem em suas realidades, transformando-as e à educação em geral. A pesquisa nasce de uma prática artística-teatral de rua desenvolvida entre uma professora da universidade XXXX, seus alunos e um coletivo artístico e é transformada em projeto de extensão e, na sequência, em pesquisa. Traz como principal referencial teórico, no campo do teatro, Augusto Boal e o Teatro do Oprimido. Não obstante estende o debate sobre a produção de conhecimento e seus paradigmas, evocando, entre outros, Feyeraband, Dewey, Ostrower, Zamboni, Demo e Freire. Por fim, apresentamos depoimentos de estudantes participantes e as primeiras conclusões de pesquisa e os indicativos para sua continuidade. Palavras-chave: Ensino de Arte, Formação Estética, Formação de professores, Teatro do Oprimido

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As cadernetas de anotações de Guimarães Rosa e a Pesquisa em Educação: aproximações entre Arte, Literatura e Educação

Giovana Scareli | UFSJ - Universidade Federal de São João Del Rei

As cadernetas de anotações de Guimarães Rosa e a Pesquisa em Educação: aproximações entre Arte, Literatura e Educação Resumo As cadernetas de anotações ou cadernos de campo, aqui tratados como sinônimos, são instrumentos para que os pesquisadores, escritores, artistas e demais pessoas façam anotações daquilo que observam da vida, das suas percepções, afecções e sentimentos. Nele, são escritas pequenas frases, que, de uma hora para outra, iluminam o artista; frases intuitivas, descrições de cenas do cotidiano, palavras e expressões, fragmentos de aulas, palestras, desenhos, letras de música, cenas de um filme, um rascunho de um poema… cabe muita coisa num caderno de anotações. Este trabalho tem por objetivo conectar Arte, Literatura e Educação, buscando refletir sobre a importância desses cadernos. Para isso, vale-se dos cadernos de anotações de Guimarães Rosa, fundamentais para as criações literárias do autor e também para as pesquisas acadêmicas com as quais procuraremos estabelecer aproximações.(i) Palavras-chave: Pesquisa em Educação, cadernos de anotações, cartografia, Guimarães Rosa. Nota de fim: (i) Esta reflexão faz parte de um dos objetivos da pesquisa de pós-doutorado que a autora está desenvolvendo com bolsa de pós-doutorado sênior do CNPq.

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ATAQUES, LUTAS E RESISTÊNCIA: POR UMA ARTE-EDUCAÇÃO INSUBMISSA

Francione Oliveira Carvalho | UNIVERSIDADE FEDERAL JUIZ DE FORA

A partir do tema do Encontro da ANPED 2019: Educação pública e pesquisa: ataques, lutas e resistência, proponho uma reflexão sobre o momento que a arte-educação atravessa no Brasil. Afinal, muitos são os desafios vivenciados hoje pelos arte-educadores brasileiros, ainda mais, após a interrupção do governo legitimamente eleito no ano de 2014, que intensificou a adoção de medidas vinculadas ao neoliberalismo e a economia de mercado. A aprovação da Reforma do Ensino Médio e da BNCC – Base Nacional Comum Curricular trouxeram retrocessos históricos em relação a presença da arte no currículo escolar, e não podem ser vistas desvinculadas do momento histórico que o Brasil atravessa. Afirmar uma arte educação de esquerda não é defender um programa ou partido político, mas uma educação e um ensino de arte inclusivo e insubordinado, que resista a mercadorização e ao empobrecimento da experiência estética.

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AULA-OFICINA COMO DISPOSITIVO FORMATIVO DE FUTUROS DOCENTES

Ana Cristina de Moraes | UECE - Universidade Estadual do Ceará

AULA-OFICINA COMO DISPOSITIVO FORMATIVO DE FUTUROS DOCENTES Resumo O texto reflete sobre experiências de disciplinas – Metodologias do Ensino e da Aprendizagem Musical I ; Arte-educação – que desenvolvem aulas-oficinas nas licenciaturas de Educação Musical e de Pedagogia em duas universidades públicas (federal e estadual) brasileiras. Reflexões que estão embasadas em vivências estético-formativas ocorridas durante as aulas destas disciplinas. O objetivo desse trabalho é analisar a dimensão formativa das aulas-oficinas, no âmbito da intervenção crítica, propositiva e criativa na interface entre Arte e Educação. Autores de referência como Paviani & Fontana (2009), Freire (2006), Zagonel (2011) dentre outros, fundamentam teoricamente o estudo. A discussão guia-se pelos registros de aulas – diários, imagens, transcrições de falas etc. – transformados neste ensaio e analisados criticamente, vislumbrando a perspectiva formativa de licenciandos. Aponta-se, como resultados da investigação a percepção do estímulo à experimentação e aperfeiçoamento estético de estudantes de graduação, refletido no envolvimento deles em ações estético-pedagógicas propostas nas referidas disciplinas. Palavras-chave : Aula-oficina. Experimentações estéticas. Arte-educação. Educação Musical.

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CONCURSO PÚBLICO PARA PROFESSOR DE MÚSICA: INVESTIGANDO O RIO GRANDE DO SUL

Cristina Rolim Wolffenbuttel | UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL

CONCURSO PÚBLICO PARA PROFESSOR DE MÚSICA: INVESTIGANDO O RIO GRANDE DO SUL Resumo: Este artigo apresenta resultados da pesquisa que investigou a realização de concursos públicos para professores de música nos municípios do Rio Grande do Sul, norteada pelos seguintes questionamentos: Quantas e quais secretarias de educação promoveram concursos para o ingresso de professores de música nas escolas de sua rede de ensino? Caso as secretarias de educação tenham promovido estes concursos, quando se deu esta ocorrência? Qual a relação existente entre a data da promoção destes concursos e a data da Lei n.º 11.769/2008? A metodologia incluiu a pesquisa via Internet e, para a análise dos dados, a Análise de Conteúdo. O referencial teórico fundamentou-se em conceitos de Educação Musical balizados pela Abordagem do Ciclo de Políticas. A partir das análises inferidas identificou-se a realização de 133 concursos que viabilizassem a participação de profissionais com formação em nível superior em Música para a docência na Educação Básica. Palavras-chave: Educação Musical; Abordagem do Ciclo de Políticas; Concursos Públicos.

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CORPOS MAIS: UMA PROPOSTA DE PESQUISA ARTÍSTICA E EDUCACIONAL COM NORMALISTA DO INSTITUTO DE EDUCAÇÃO CIEP 179.

Massuel dos Reis Bernardi | PUC Rio - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

CORPOS MAIS: UMA PROPOSTA DE PESQUISA ARTÍSTICA E EDUCACIONAL COM NORMALISTA DO INSTITUTO DE EDUCAÇÃO CIEP 179. Resumo Como parte da pesquisa de toda a pós-graduação do autor, este artigo objetiva apresentar uma proposta de trabalho de um professor de dança nas disciplinas de Arte e Laboratório Arte-Educação (LAE) com normalistas do Instituto de Educação CIEP 179 (SEEDUC/RJ) de São João de Meriti-RJ. Através de uma Pesquisa Narrativa (CLANDININ E CONELLY, 2011), apresentam-se os diálogos entre os corpos mais cada linguagem artística previstas pelos PCN-Arte (2000): corpos mais artes visuais; corpos mais música; corpos mais teatro; e corpos mais dança. Dessa forma, a cada bimestre letivo, os diálogos entre os corpos nos processos de criação artística apresentam resultados na exploração de possibilidades pedagógicas quando os/as normalistas estiverem exercendo a profissão docente. Palavras-chave: Corpos mais. Normalista. Ensino de arte.

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Da literatura ao cinema: pistas para começar uma conversa sobre a arte produzida para a infância

Fernanda Omelczuk Walter | UFSJ - Universidade Federal de São João Del Rei

Da literatura ao cinema: pistas para começar uma conversa sobre a arte produzida para a infância Resumo: Tendo como inspiração a trajetória da literatura infantil, o artigo desenvolve reflexões e proposições acerca das artes e do cinema produzido para crianças na contemporaneidade. Busca-se entender o contexto e os desafios da produção audiovisual dialogando com pensadores das áreas de Cinema e Educação; Ensino das Artes e Infância. Quais as relações entre imagem, arte e infância? Como nos relacionamos com as crianças? O que queremos quando escrevemos, filmamos, criamos para elas? Essas questões serão desenvolvidas com vistas a elaborar possíveis pistas estéticas para a escolha e exibição de filmes infantis dentro e fora da escola. Palavras-chave: ensino da arte; cinema infantil; literatura infantil; cinema e educação; arte para crianças.

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DANÇA COMO ÁREA DE CONHECIMENTO NA EDUCAÇÃO BÁSICA

Edna Christine Silva | PREFEITURA DE JUIZ DE FORA

RESUMO: Esse artigo tem como propósito apontar que a partir do momento em que todo corpo é reconhecido como corpomídia, admite-se a produção de conhecimento advinda da aliança entre corpo-mente-ambiente. Abre-se, então, um leque de possibilidades de ações pedagógicas diferenciadas que não mais na relação dicotômica entre teoria e prática, nem tampouco na inutilidade da arte como parte do currículo. No caso específico da dança, o fato da teoria corpomídia admitir o movimento como fundamento do pensamento, torna a sua participação na formação escolar, primordial. Para uma melhor compreensão desse estudo, são abordados alguns pressupostos teóricos de autores como: Antonio Damásio (2011), Christine Greiner (2003, 2005, 2008, 2010, 2015, 2016), Francisco Varela (2001), George Lakoff e Mark Johnson (1999), Gilbert Simondon (2003), Helena Katz (2005, 2015), Humberto Maturana (2000), Jorge Vieira (2011), Michel Foulcault (2007), Paolo Virno (2003). PALAVRAS CHAVE: Dança na Educação Básica. Conhecimento. Dança. Teoria Corpomídia.

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EXPERIÊNCIAS DE CRIANÇAS E O TRABALHO DOCENTE COM ANIMAÇÃO NO ENSINO DA ARTE

Thalyta Botelho Monteiro | UFES - Universidade Federal do Espírito Santo

EXPERIÊNCIAS DE CRIANÇAS E O TRABALHO DOCENTE COM ANIMAÇÃO NO ENSINO DA ARTE Refere-se à dissertação sobre Cinema de Animação no Ensino da Arte e aponta dados preliminares da tese, em andamento, que aborda “Animação no Trabalho Docente”. Contempla as experiência de crianças na produção de animação e o trabalho de professores com a utilização desse instrumento, enquanto mediação de conhecimento. Os primeiros estudos tiveram como base a disciplina de Arte em uma escola da região Serrana do Estado do Espírito Santo e reporta como as experiências das criançasse manifestaram na produção de animações. A partir de Walter Benjamin dialogamos com o conceito de experiência e memória e em Vigotski, imaginação e mediação. Optou-se pelo método qualitativo através de uma pesquisa de cunho colaborativo. As pesquisas atuais proporcionam uma análise dos docentes quanto ao uso da animação em sala de aula e suas implicações sobre as concepções dialéticas do trabalho do professor com a animação. Os estudos permitem-nos avaliar o potencial criador implicado no processo de produção colaborativo entre docentes, discentes e pesquisadora, mediado pela animação, possibilita um vínculo de parceria entre os sujeitos e a criação. Palavras-Chaves: Arte. Animação. Educação. Cinema de animação. Trabalho Docente.

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MOVIMENTOS E MOBILIZAÇÕES FRENTE ÀS POLÍTICAS EDUCACIONAIS: REGISTROS DE LUTAS E RESISTÊNCIAS DA FAEB E DAS ASSOCIAÇÕES NACIONAIS PARA O ENSINO DA ARTE

Fabiana Souto Lima Vidal | UFPE - Universidade Federal de Pernambuco

MOVIMENTOS E MOBILIZAÇÕES FRENTE ÀS POLÍTICAS EDUCACIONAIS: REGISTROS DE LUTAS E RESISTÊNCIAS DA FAEB E DAS ASSOCIAÇÕES NACIONAIS PARA O ENSINO DA ARTE Resumo: O presente artigo tem como objetivo partilhar o conjunto de ações faebianas e seu diálogo com associações ligadas ao campo da Arte vividas nos últimos anos, mais especificamente, destacamos os processos de resistências e mobilizAÇÕES em torno do debate acerca das políticas públicas educacionais para o ensino e a pesquisa no campo da Arte no Brasil. Ao historicizar e partilhar o vivido, deixamos demarcada a nossa tentativa de fortalecer o debate e a ampliação de ações para o (re)dimensionamento de políticas públicas educacionais que tratam o campo epistêmico da Arte/Educação, em suas diferentes linguagens – Artes Visuais, Dança, Música e Teatro – de forma compromissada com os processos artísticos, éticos e estéticos de ensinar e de aprender Arte em diferentes processos educativos, apontando para a necessidade de intensificar e encorajar novas/outras mobilizAÇÕES para os/nos enfrentamentos em tempos de crise, silenciamentos e recrudescimento dos processos democráticos no campo educacional. Palavras-chave : Arte/Educação. FAEB. Associações Nacionais. Políticas Educacionais.

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NO (IM)PULSO DA VIDA E DA DOCÊNCIA EM CURSO: MARCAS DE FORMAÇÃO ESTÉTICA DE ESTUDANTES DE ARTE E DE PEDAGOGIA

Rosvita Kolb Bernardes | UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais

NO (IM)PULSO DA VIDA E DA DOCÊNCIA EM CURSO: MARCAS DE FORMAÇÃO ESTÉTICA DE ESTUDANTES DE ARTE E DE PEDAGOGIA O artigo focaliza percursos de formação estética de licenciandos de Arte e de Pedagogia de duas universidades públicas brasileiras. A pesquisa que lhe deu origem foi realizada por meio de ateliês biográficos (DELORY-MOMBERGER, 2006), nos quais os princípios do ateliê de arte, enquanto espaço de experiência e criação, também foram considerados. Se a ação do rememorar e o uso da palavra são próprios de um trabalho biográfico, nos ateliês biográficos realizados foram privilegiadas diferentes linguagens expressivas (pintura, recorte-colagem, desenho, música, dança, entre outros), de modo a fecundar outras formas de os licenciandos falarem de si e dos seus processos de formação estética. De que matéria é feita a narrativa de licenciandos em Arte e em Pedagogia? Como uns e outros fazem uso da palavra e da imagem? Que questões são evidenciadas em seus percursos e modos de dizer-se? As narrativas resultantes, textuais e imagéticas, dão a conhecer percursos formativos singulares-plurais, os quais podem ser projetados como possibilidades para se (re)pensar a formação docente. Palavras-chave: Formação estética; Arte e formação docente; Narrativas autobiográficas; Arte; Pedagogia.

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PARA UMA EDUCAÇÃO EM IMPROVISAÇÃO: ESPERA, PRESENÇA E PERFORMANCE NA DOCÊNCIA

Diego Winck Esteves | PPGEDU/UFRGS

Resumo Este texto se propõe a perspectivar a docência pela via da performance tendo em vista que uma certa noção de espera, projetada sobre um estado de prontidão, pode condicionar possibilidades para improvisações numa aula. Trata-se de postular a docência como um fazer que lida com acontecimentos, sobre os quais, como agente interpelado pelo impacto das coisas em jogo no espaço que ocupa, improvisa suas ações, em estrita relação com os discentes. Todavia, nossa existência se desdobra sobre um cultura de sentidos, na qual é preciso constituir condições para produzir presenças, uma vez que os sentidos impõe-se a todo o momento. Conjecturamos a espera como este artifício: uma contingência sobre o tempo, que produz efeitos no espaço. É dizer, por essa via, que uma presença está ausente por inépcia da percepção, e, por consequência, da não apropriação de seus efeitos: trata-se de um jogo onde a performance docente — em seus gestos expostos— age no limiar entre educação e arte, uma vez que se aloca na interlocução entre o visível e o imprevisível, entre o factível e o improvável, laborando sobre o que passa numa aula, no instante imprevisível do presente. Palavras-chave: Improviso. Docência. Aula. Presença.

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PIXAÇÃO: UMA ESCRITA EM NEGATIVA COM O SENTIDO.

Gustavo Rebelo Coelho de Oliveira | UERJ - PROPED - Universidade do Estado do Rio de Janeiro

PIXAÇÃO: UMA ESCRITA EM NEGATIVA COM O SENTIDO. RESUMO Derrida, em seu texto “Força e Significação”, chamou de “defunto” o escrito estático em sua forma de “signo-sinal”, uma vez que este, usando os termos do autor, “diz então o que é” sendo “puro funcionamento”. Já a dimensão da poética, ou da própria vida, estaria, por outro lado, determinada por um espaço criativo de indeterminação, sendo mais movimento do que estabilidade, mais inscrição do que escritura, mais ato que estrutura, Diferença portanto. Como empreender, então, uma escrita que não esteja, em sua superfície, absolutamente refém da missão de “mostrar” um significado, que portanto não se “abra” em legibilidade, que opere então por uma paradoxal mostra do recuo, por uma forma disforme, mas que não seja somente traço, pintura, que ainda assim seja letra, seja palavra, seja escrita? Sugiro, então, o Xarpi (como é conhecida a cultura da pixação de rua no Rio de Janeiro), como escrita popular geralmente negligenciada, criminalizada, mas que aqui, costurada com Derrida, Blanchot, Barthes, Deleuze e Heidegger, oferece surpreendente força linguística e filosófica. PALAVRAS-CHAVE: Escrita. Poética. Pixação. Diferença. Estética.

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Por uma política do sensível com o cinema brasileiro

Cíntia Langie Araujo | UFPel - Universidade Federal de Pelotas

POR UMA POLÍTICA DO SENSÍVEL COM O CINEMA BRASILEIRO Resumo A proposta deste artigo é pensar a noção de política agenciada com um tipo específico de iniciativa de difusão cultural: as sessões de cinema brasileiro dentro de universidades. A partir das ideias de Rancière (1996-2012), Agamben (2009), Barbalho (2016) e Guattari (1992; 2011), nosso objetivo é investigar as possibilidades de processos de subjetivação singulares no encontro com obras de arte que não possuem espaço para circular nas janelas tradicionais de exibição de cinema. Pensando a política como aquilo que diz respeito ao viver junto, e buscando jogar luz em projetos que profanam dispositivos na atualidade, buscamos aqui debater tanto a potência de políticas culturais para acesso a filmes de nosso país, como iniciativas que possam formar microcomunidades de partilha, para além de modelos capitalísticos hegemônicos. Palavras-chave: política; cinema brasileiro; processos de subjetivação; arte; universidade.

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Reverberando a batucada – a escolarização em interface com a práxis musical de ritmistas do Império Serrano

Wladimir de Oliveira Marques | UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro

Reverberando a batucada – a escolariza çã o em interface com a pr á xis musical de ritmistas do Imp é rio Serrano RESUMO Esse artigo resulta de pesquisa concluída, realizada entre 2017 e 2019, cujo objetivo foi investigar a práxis musical de ritmistas da bateria do Grêmio Recreativo Escola de Samba Império Serrano e sua interface com a escolarização. Tendo como ponto de partida a experiência nas aulas de música em uma escola pública localizada no subúrbio carioca, os sujeitos aqui trazidos são ritmistas da instituição, além de alunos e ex-alunos da rede pública de ensino. Foi realizada uma pesquisa qualitativa – apoiada por entrevistas narrativas semiestruturadas – a partir do trabalho de Libâneo, Green e Trindade, apresentando duas dimensões: uma musical, abordando aspectos do ensino de música, e outra antirracista, abordando referenciais afro-brasileiros. Como conclusão, percebeu-se que uma prática pedagógica democrática e inclusiva, que considera as peculiaridades e especificidades do contexto cultural em que a escola se insere, pode ser bastante exitosa na formação do aluno. PALAVRAS CHAVE: Ensino de m ú sica; Escola de Samba; Imp é rio Serrano

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SENTIDOS E AFETOS NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES: NARRATIVAS DE UMA EXPERIENCIA COM CIDADE E PATRIMÔNIO CULTURAL

Tânia Maria de Sousa Tânia França | UECE - Universidade Estadual do Ceará

SENTIDOS E AFETOS NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES: NARRATIVAS DE UMA EXPERIENCIA COM CIDADE E PATRIMÔNIO CULTURAL Resumo Este trabalho tem como objetivo apresentar uma reflexão teórico-prática sobre narrativas estéticas e patrimoniais e a escrita de si. Parte-se do pressuposto que na formação docente as experiências estéticas necessitam serem provocadas e de modo significativo, para que possam afetar os sentidos dos envolvidos. Inicia-se com a seguinte indagação: O que nos desvelam os relatos das mediações com experiências estéticas tendo como elemento propositor o patrimônio cultural? Trata-se de um estudo de natureza qualitativa e multireferencial, no qual se adota uma postura bricoleur envolvendo elemento do fazer da ciência e do artesanal. Para tanto traz-se como aporte teórico estudos de Larrosa (2014), Varine (2012), Freire (1998), dentre outros. O estudo apontou ao tecer os fios das narrativas, para a compreensão da importância da escrita de si a partir das narrativas estéticas e patrimoniais para desencadear uma ação que forma e transforma e para possibilitar um olhar e uma escuta mais sensível diante de si, dos outros e do mundo a sua volta. Palavras-chave : narrativas estéticas e patrimoniais, escrita de si, formação docente, experiência estética.

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TERRITÓRIO ABERTO: IMAGEM E EXPERIÊNCIA NA VIDA ESCOLAR

Aldo Victorio Filho | UERJ - PROPED - Universidade do Estado do Rio de Janeiro

UM TERRITÓRIO ABERTO: IMAGEM E EXPERIÊNCIA NA VIDA ESCOLAR RESUMO O presente trabalho se debruça sobre a problemática dos saberes em torno da imagem a partir das experiências vivenciadas na agudeza do cotidiano da sala de aula, com atividades didático pedagógicas que procuraram tematizar a visualidade por meio do exercício da produção poético imagética. Para tanto reconhece as contribuições dos estudos da Cultura Visual e sua denúncia acerca da virada icônica como discussão profícua à elaboração dos desafios da educação contemporânea que, de certa maneira, não pode se furtar a pensar os processos de formação dissociados das questões envolvendo a imagem. Nesse sentido, partimos das experiências vividas em sala de aula e da problemática dos saberes da experiência para pensar os efeitos epistêmicos e ontológicos no espaço escolar, pelo modo como esses efeitos se configuram enquanto problema para instituição escolar diante da complexidade do universo imagético e suas epistemes. Palavras-chave: Educação para Cultura Visual; Saberes da Experiência; Cotidianos Escolares; Visualidade.

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Uma análise sobre a contribuição da Música Popular Brasileira (MPB) para a educação emancipatória na escola

Ana Angélica Rodrigues de Oliveira | UFF - Universidade Federal Fluminense

Resumo O objetivo deste artigo é analisar como a música popular brasileira (MPB) tem sido enfocada na escola, tanto nas aulas de Música, como nas atividades pedagógicas docentes ou nos projetos interdisciplinares desenvolvidos. Parte-se da premissa de que a música popular brasileira (MPB) pode contribuir para a ampliação de experiência estética e cultural do educando, favorecendo uma educação emancipatória. O referencial teórico utilizado pautou-se especialmente em autores da Teoria Crítica. Sobre a música popular brasileira, em sua diversidade de gêneros e movimentos, delineou-se o conceito de “MPB”. Nesse sentido, apresenta-se uma pesquisa realizada em três escolas de ensino fundamental da rede pública municipal de ensino de Barra Mansa, no estado do Rio de Janeiro, a fim de se analisar a presença da MPB no currículo. As entrevistas realizadas nessas unidades escolares a professores e alunos, indicam que a presença da MPB potencializa um ouvinte com a escuta mais sensível e elaborada intelectualmente, como também a experiências estéticas mais diversificadas e emancipatórias. Palavras-chave: Música na Escola; Música Popular Brasileira (MPB); Educação Emancipatória.

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